Câmeras instaladas no metrô de São Paulo flagraram os momentos que antecedem a morte do menino Luan Silva Oliveira, de apenas 3 anos de idade. Nas imagens, é possível ver ele junto com seus irmãos e com a mãe e, numa ação inesperada, ele sai pela porta que estava começando a se fechar. Infelizmente, não houve tempo da mãe segurar a sua mão. Vendo o trem indo embora, ele entrou no túnel e acabou sendo atropelado.
O caso aconteceu em dezembro do ano passado, mas somente nesta segunda-feira (11) é que as imagens foram divulgadas pela imprensa. O garoto chegou a ser socorrido com vida, mas faleceu no Hospital São Paulo em decorrência de traumatismo craniano encefálico.
Ele foi atingido na cabeça por outra composição.
Todos os vídeos, laudo do Instituto de Criminalística da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, e a causa da morte, foram enviados para análises e apurações do caso. O advogado Ariel de Castro Alves, que representa a mãe do menino falecido, afirmou que pelas imagens é possível ver que Linéia Oliveira Silva não teve qualquer responsabilidade sobre a morte do seu filho, já que ele saiu correndo do vagão em poucos segundos da porta se fechar.
De acordo com o advogado, ela fez o que estava a seu alcance e não pode ser culpada pela morte de Luan.
Desespero
Em seu depoimento, no ano passado, Linéia lamentava o ocorrido e relatou desespero dela e de todos que estavam no vagão.
Ela disse que quando Luan correu, a porta já tinha apitado e não deu tempo de impedir a sua saída. Ela disse que começou a bater na porta querendo que abram ela, mas não adiantou.
Linéia afirma que não dorme mais direito e para ela o filho não morreu.
Imagens capturadas
Nas imagens capturadas pelas câmeras de segurança, é possível ver a criança se desgrudando da mãe e correndo, passando pela porta momentos antes dela se fechar.
A mãe tentou segurá-lo, mas foi muito rápido.
Em seguida, através de outros ângulos, a criança entra no túnel, anda uns 260 metros e é atropelada por uma outra composição. O caso ainda é mantido em sigilo.
O advogado da família foi questionado por jornalistas de quem seria a responsabilidade da morte do garoto. No entanto, ele preferiu deixar isso para que a polícia chegue a uma conclusão.
A família espera esclarecimentos e acredita que possa ter ocorrido falhas na segurança do Metrô. Um dos exemplos dados pelo advogado, é que o acesso ao túnel onde o garoto entrou não tinha travamento no portão.