Leiliane Rafael da Silva, de 28 anos, impressionou o Brasil inteiro ao salvar a vida do motorista envolvido no acidente que fatalmente terminou com a vida do jornalista Ricardo Boechat, na última segunda-feira, dia 11. Quem viu Leiliane heroicamente retirar o caminhoneiro das fuselagens, se chocou com a história revelada pela vendedora após o ocorrido.
No mês de novembro de 2018, Leiliane foi diagnosticada com alguns problemas na região do cérebro, que, aparentemente, acreditava-se ser um tumor, revelado pouco mais de 30 dias após o nascimento da última filha, atualmente com 4 meses.
Leiliane contou que o primeiro hospital visitado para averiguar o problema indicaria um tratamento para tumor cerebral, apontando como possível enfermidade identificada na vendedora.
Entretanto, logo mais tarde, sacramentou-se o diagnóstico de Malformação Arteriovenosa (MAV).
O que são malformações arteriovenosas?
As malformações arteriovenosas, ou MAVs, são enfermidades raras, provocadas a partir de defeitos oriundos do sistema circulatório. Basicamente trata-se de uma anormalidade nos canais vasculares que atingem a região cerebral. Dentre os sintomas enfrentados, os mais comuns são dores constantes na cabeça, repentinas convulsões, possibilidade de hemorragia, coordenação motora precária e, por vezes, até problemas na condição de memória, facilmente esquecendo informações importantes.
Leiliane comenta sobre a batalha pela vida
A mesma força e vontade que auxiliaram Leiliane a salvar João Adroaldo, de 52 anos, das ferragens do caminhão atingido por um helicóptero na região próxima ao Rodoanel, também são refletidas na vontade de viver da vendedora. Segundo ela, já havia avisado em meados de novembro, após ter a filha, que sentiu estar doente.
Relatou, ainda, que sentiu adormecimento no braço direita, em seguido as pernas igualmente começaram a falhar, sobretudo a direita, e a voz era enrolada, até que uma convulsão a fez parar no hospital.
A vendedora comentou que, ao chegar ao hospital, ninguém sabia o que ela tinha, e permaneceu surpresa sobre sua condição médica rara.
Após um primeiro diagnóstico errôneo de tumor na região cerebral, ela superou a possibilidade de um suposto nódulo maligno, reiterou a felicidade pelo diagnóstico preciso, para, dessa maneira, começar o tratamento adequado para a doença. Mesmo após receber a informação de que a doença seria mais rara e séria que o câncer, Leiliane comentou que ficou aliviada pois descobriu que a doença tem tratamento.