Nesta última quarta-feira (21), a Folha de S.Paulo noticiou que um padre brasileiro foi expulso pelo papa Francisco, após a conclusão de uma investigação de abuso sexual contra ex-freiras e ex-noviças.

Com a expulsão, o goiano Jean Rogers Rodrigo de Souza, mais conhecido por Rodrigo Maria, deixará de ser padre, 19 anos após ter sido ordenado sacerdote.

O religioso, que liderava uma comunidade católica em Anápolis (GO), a Arca de Maria, é acusado de molestar ao menos 11 mulheres.

A atitude tomada pelo papa é considerada a punição mais grave que pode se impor a um membro da Igreja Católica.

Desde que foi anunciada a punição, Souza deixou de ser integrante da instituição. Recentemente, Rodrigo Maria havia sido transferido ao Paraguai.

O comunicado sobre o desligamento do padre da instituição foi feita pelo monsenhor Guillermo Steckling, que é o responsável pela Diocese de Ciudad del Este. Segundo o sacerdote, o padre Rodrigo Maria foi exonerado de todas suas funções e obrigações clericais.

Anteriormente, durante as investigações, o padre já havia sido suspenso de realizar cerimônias e também proibido de usar seu hábito.

Quando se iniciou as investigações envolvendo seu nome, Jean se pronunciou em uma entrevista à Folha, onde alegou ser inocente de todas as acusações e afirmou estar sendo vítima de calúnia.

Atualmente o papa Francisco está no Vaticano onde realiza debates sobre casos de abusos envolvendo nomes de membros do clero que vem a alguns anos abalando a Igreja Católica.

Padre expulso tem canal no YouTube e defendeu candidatura de Bolsonaro

O padre expulso na última quarta-feira (20) pelo pontífice após acusações de abuso alimenta um canal de assunto diversos no YouTube.

Em seu canal, o ex-padre já publicou vídeos de assuntos que vão muito além da Religião, falando sobre comunismo na América Latina, Venezuela, e até mesmo sobre o ex-presidente Lula. Em um dos vídeos mais polêmicos, Jean afirma que ninguém pode seguir Jesus Cristo e Lula ao mesmo tempo e até elogia o juiz Sergio Moro pela condenação feita ao ex-presidente no caso do tríplex.

Em um de seus vídeos publicado no ano passado, Jean defendeu a corrida de Jair Bolsonaro ao planalto, pedindo a todos seus seguidores que votassem no atual presidente.