José Vitor Ramos Lemos, um dos adolescentes feridos durante o ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil em Suzano (SP) na última quarta-feira (13), foi ferido por um dos assassinos, que usou um machado para atingi-lo. Lemos relatou ao jornal O Globo que viu um dos atiradores disparar contra um aluno que tentava abrir a porta de uma sala para fugir.

José Vitor foi operado no Hospital Santa Maria, em Suzano, e se encontra estável e bem. Segundo O Globo, o aluno contou que a princípio achou que era uma bomba, mas percebeu se tratar de tiros quando viu um dos assassinos saindo da diretoria com uma arma na mão, e os alunos correndo e ele atirando contra os adolescentes.

Lemos relatou ainda que viu um garoto correndo tentando abrir a porta da sala, quando o atirador disparou várias vezes contra ele. Depois disso, o adolescente se encaminhou para a diretoria e viu uma funcionária e a diretora já caídas no chão mortas. Foi quando ele viu o outro assassino bem a sua frente, que o golpeou com um machado. José Vitor saiu correndo da escola em direção ao hospital para procurar ajuda ainda com o machado pendurado em seu ombro.

Ainda de acordo com O Globo, o médico angiologista do Hospital de Santa Maria, Austelino Vieira Mattos, disse que recebeu o aluno José Vitor ainda com o machado fixado em seu ombro, e foi encaminhado direto para o centro cirúrgico, onde foi realizada a cirurgia que durou cerca de uma hora e meia para a remoção do machado e para ver se não existia nenhuma lesão em algum vaso sanguíneo.

Segundo o cirurgião vascular, o adolescente irá evoluir bem em sua recuperação e afirma: “Graças a Deus não chegou a pegar o braço”. O garoto relatou ao médico assim que ele chegou ao hospital após o ataque com o machado ainda cravado em seu ombro, que ele estava sentado quando recebeu o golpe e não viu como aconteceu.

Além do machado, os invasores estavam armados com um revólver calibre 38, uma besta (arma medieval com flechas), facas e peças que imitavam explosivos.

As investigações ainda não foram concluídas a respeito do que levou o ato e quais seriam as motivações dos atiradores,

Merendeira salva 50 crianças

A merendeira Silmara Cristina de Moraes, de 54 anos acabou virando notícia após revelar que ajudou a esconder 50 pessoas dentro da cozinha. Durante uma entrevista ao G1, ela contou que ao perceber a situação de perigo, decidiu abrir a porta da cozinha e fazer com que o máximo de crianças se escondesse lá dentro.

Ela e os demais funcionário usaram uma geladeira e freezer para fazer uma barricada.

Atirador mais velho enganou o próprio pai

Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, acordou cedo como sempre fez para ir trabalhar juntamente com seu pai. Eles caminharam até a estação de trem. Chegando lá, o rapaz disse ao pai que estava se sentindo mal e por isso iria voltar para casa. Porém, ele não apareceu em casa, foi encontrar com Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e foram para escola onde o massacre aconteceu.