Um homem de 38 anos foi preso nesta terça-feira (19), na cidade de Votorantim, Região Metropolitana de Sorocaba, no interior de São Paulo, acusado de armazenar pornográfica infantil. O material foi encontrado pela sobrinha do suspeito, que comunicou o fato as autoridades. O rapaz foi preso em seu local de trabalho.

De acordo com informações passadas pela Polícia Militar, a sobrinha havia ganhado o notebook que era do homem. Ao verificar as pastas, encontrou cerca de 70 vídeos e fotos com pornografias envolvendo crianças de várias idades, incluindo bebês.

O acusado foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Votorantim, onde ficou à disposição da Justiça.

Tudo começou por conta de agressões

A descoberta do material contendo pornografia infantil foi por acaso e começou após a esposa e a filha do suspeito terem sido agredidas por ele durante uma briga na madrugada. A esposa então esperou ele sair para trabalhar, vendeu os móveis da casa por R$ 400 para conseguir dinheiro e pagar um transporte de aplicativo para ir até Santos, onde moram seus familiares.

No entanto, a mulher não conseguiu vender todos os objetivos e deu alguns deles para a sobrinha, incluindo o computador que pertencia ao suspeito. Ao vasculhar os arquivos, ela encontrou vários vídeos pornográficos envolvendo crianças e chamou a polícia.

Preso no trabalho, homem confessa posse do material

De posse das informações do suspeito, a polícia foi até o local onde ele trabalha e efetuou a prisão em flagrante. Ele confessou que armazenava, recebia e também distribuía o material em uma rede social de pedófilos. De acordo com o acusado, essa era a norma para seguir fazendo parte do grupo.

Ele foi levado para a Delegacia de Defesa da Mulher de Votorantim (DDM), autuado pelo artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e nesta quarta-feira (20), passará por audiência de custódia. Por conta da gravidade do crime, não foi estipulada fiança e a Polícia Civil solicitou que a prisão, inicialmente em flagrante, fosse convertida para preventiva.

O notebook com o material pornográfico foi apreendido e passará por perícia para tentar descobrir de onde vieram os vídeos e as fotos e se o acusado tinha participação nas filmagens.

A pena prevista para quem armazena e divulga esse tipo de material pornográfico na internet envolvendo crianças e adolescentes pode ultrapassar a três anos de prisão e multa.