Nice Pereira, uma empresária brasiliense, afirma que Alexandre Frota assinou um contrato de trabalho em 2006 com a sua empresa, no valor de 2 mil reais, a título de cachê, além das regalias, como passagens áreas e hospedagem. Segundo a empresária, metade desse valor foi pago logo após a assinatura do contrato e outra metade pouco antes da festa. Frota teria que fazer ao menos uma hora e meia de show na casa noturna “Oficina Dancing Bar”, uma conhecida boate gay da capital, localizada a 15 km do Congresso Nacional, onde trabalha atualmente.

Alexandre Frota não apareceu e nem deu satisfação.

A empresária ficou muito irritada e reclamou à Justiça pelos danos morais e materiais. Ela conseguiu sentença favorável, mas apenas para primeiro pleito, a partir de então, o processo corre contra o Deputado do PSL no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Até o mês passado, mais de uma década depois do ocorrido, nem Frota e nem qualquer representante legal haviam se manifestado sobre o caso, mas a Câmara dos Deputados recebeu um ofício da Corte pedindo detalhes sobre salário do Parlamentar para fazer uma avaliação sobre um possível bloqueio dos valores recebidos pelo Deputado.

Empresária pede R$ 80 mil

No começo do processo, o valor a ser pago por Frota seria de R$ 30 mil, porém, com o passar dos anos, o valor saltou para R$ 80 mil.

No processo, Alexandre Frota consta como um devedor contumaz, designação para as pessoas que a Justiça tem muita dificuldade de encontrar para cobrar as dívidas.

Segundo a defesa da empresária Nice Pereira, isso mostra que a atitude do deputado é baseada em má fé, já que ele não responde às intimações da Justiça e nunca apareceu para dar nenhum esclarecimento acerca do caso.

Segundo informações da Revista Época, demorou algum tempo até Alexandre Frota ser comunicado oficialmente sobre o início do processo, em 2006. Foram enviadas cartas a quatro endereços diferentes de São Paulo, sendo que uma dessas foi endereçada à irmã de Frota, contudo, a nenhuma delas o ex-ator respondeu.

Empresária não irá desistir do processo

A defesa da empresária Nice Pereira resolveu solicitar que o procurassem na TV Record, local de trabalho do acusado na época. Mesmo sabendo o dia e horário de gravação dele na emissora, o oficial de Justiça não conseguiu encontrá-lo.

Frota passou mais de 10 anos sem dar qualquer informação ao processo, entretanto, a empresária afirma, em entrevista para a revista Época: “Não vou desistir. Que isso fique bem claro. Vou recorrer até o STF se for preciso.

De acordo com a Época, em seu primeiro salário como deputado, o ex-ator recebeu um 'desconto judicial' referente ao pagamento de outra dívida, com um banco. Por esse motivo, Nice Pereira solicita ao TJDFT o bloqueio do restante do salário de Alexandre Frota, aproximadamente R$ 12 mil. O contracheque de fevereiro de Alexandre Frota foi de R$ 33.743 brutos, antes dos abatimentos.