No último sábado (4), a transexual Larissa Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi morta a pauladas. O fato ocorreu por volta das 21h, na alameda dos Tacaúnas. O local fica no bairro da Saúde, na zona sul de São Paulo. O caso foi registrado pela Polícia como homicídio. O agressor, no entanto, acabou fugindo do local após cometer o crime.

A respeito do ocorrido, uma testemunha que estava junto com a vítima no local do crime revelou à polícia detalhes do acontecido. Segundo foi informado, um homem que não foi identificado quase atropelou a testemunha e a vítima ao passar com seu carro no local.

Em seguida, o homem voltou ao local com seu veículo e desceu do carro com um pedaço de madeira em mãos e golpeou a vítima com o mesmo.

A Secretaria de Segurança Pública informou que logo após o crime a Polícia Militar foi acionada para comparecer até o local onde ocorreu a agressão. Eles foram chamados para cumprir uma ocorrência que se tratava de agressão. Ao chegar no local, porém, os policiais se depararam com a cena da mulher deitada no chão com ferimentos em sua cabeça. O Samu também foi acionado para prestar socorro à vítima na ocasião.

O Samu socorreu a vítima e a encaminhou para o Pronto Socorro do Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro Saboya. Ao chegar ao local, a vítima não resistiu aos ferimentos advindos das agressões sofridas e acabou vindo a falecer.

Logo após, o caso foi registrado no 27º Distrito Policial, em Campo Belo, como homicídio. Eles solicitaram ainda que fosse feito um exame necroscópico da vítima, para determinar os detalhes a respeito das agressões sofridas pela jovem. Uma perícia do local onde a jovem foi agredida também foi solicitada pelo delegado encarregado do caso.

O corpo da jovem Larissa Rodrigues da Silva foi encaminhado para Fortaleza, no Ceará, durante a madrugada de sexta-feira (6), onde foi enterrado. A identidade do agressor de Larissa ainda permanece desconhecida pelas autoridades. O motivo das agressões feitas também está sendo apurado. Até o momento, não se tem nenhuma informação a respeito do que teria motivado as agressões feitas pelo homem.

Agressões a transexuais

O número de travestis e transexuais assassinados no Brasil tem um aumento crescente a cada ano. Em 2017, foram contabilizados cerca de 179 assassinatos. Em números, isto significa que a cada 48 horas uma pessoa transexual é morta no Brasil. E, em cerca de 94% dos casos, as pessoas assassinadas são do sexo feminino.

No Brasil, o local que mais registra mortes de travestis e transexuais é o Nordeste, onde é concentrado o maior número de mortes, contabilizando 69. Em seguida está o Sudeste, com 57. Em 2017, cerca de 20 pessoas foram mortas em decorrência de seu gênero. A Antra detalhou que entre estes números, 52% ocorrem através de armas de fogo, 18% por arma branca e 17% por espancamento.