O corpo de uma mulher encontrado por uma criadora de galinhas parcialmente carbonizado na tarde desta sexta-feira (4), em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, é de Miriã Santos Silva, de 17 anos. A adolescente estava desaparecido desde o dia 24 de maio. Ela era moradora de Perus, bairro da zona norte da capital paulista.

De acordo com informações passadas para Guarda Civil Municipal de Várzea Paulista, uma mulher que cria galinhas na área, situada no bairro Mursa, estava à procura de algumas das aves quando avistou o corpo no meio da mata.

Ele estava enrolado em um cobertor, parcialmente carbonizado e em avançado estado de decomposição, praticamente irreconhecível. A Polícia acredita que a jovem tenha sido morta em outro lugar e o corpo já carbonizado deixado na zona rural.

O corpo da adolescente foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí, onde foi reconhecido por parentes. A causa da morte ainda é desconhecida. O reconhecimento do corpo só foi possível por conta de uma tatuagem que ela tinha escrito “Enzo”, em homenagem ao filho. Não fosse por isso, segundos os familiares, seria mais difícil fazer sua identificação. A polícia ainda não tem informações sobre quem seria o autor do crime.

Desapareceu em 24 de maio

De acordo com o relato passado pelos familiares, a jovem saiu de sua casa às 12h30 do dia 24 de maio e seu último contato foi por volta das 17h daquele mesmo dia.

Por meio de uma mensagem de áudio ela informou que estava indo entregar produtos para um cliente –o qual não disse quem era–, em Franco da Rocha, cidade onde a família registrou boletim de ocorrência.

Ainda segundo a família, a jovem comprava produtos e depois revendia pela internet. Por conta disso eles acreditam que a pessoa para a qual Miriã iria fazer a entrega fosse um desconhecido.

Eles também não sabem qual era o produto que ela iria vender.

Família fez buscas por Franco da Rocha

A jovem teria sido vista pela última vez em uma estação de trem daquela cidade e a família pediu para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos imagens das câmeras de segurança para saber se ela estava acompanhada de alguma outra pessoa.

Durante dias a mãe da adolescente circulou pela estação de Franco da Rocha com a foto da filha para saber se alguém a viu pela localidade. Ela também esteve em bairros próximos à estação também buscando informações.

Nesta quarta-feira (5), em entrevista à Record TV, a mãe da adolescente falou sobre como foi avisada da morte da filha. "Era a ligação que a gente não queria", disse.

Miriã morava em Perus junto com a mãe e com cinco irmãs. Ela tinha um filho de dois anos, que mora com a avó paterna.