Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência, não faltaram crises e polêmicas envolvendo o presidente. Segundo uma matéria publicada nesta quarta-feira (28) pelo jornal Folha de S.Paulo, diante das crises protagonizadas pelo presidente, alguns parlamentares pretendem blindar o Congresso para que as atitudes do chefe do Executivo não atrapalhem as pautas consideradas prioritárias.

Entre as polêmicas do presidente, a mais recente é a que diz respeito às queimadas na Amazônia e suas consequências. Nas primeiras semanas, Bolsonaro atribuiu as queimadas às ONGs, sem apresentar nenhuma prova.

Logo após isso, Bolsonaro se envolveu em uma polêmica ao comentar uma postagem acerca da aparência física da esposa do presidente da França, Emmanuel Macron. Logo após isto, Bolsonaro decidiu condicionar o recebimento de uma ajuda do governo francês e do G7 a um pedido de desculpa do chefe de Estado francês.

Essas polêmicas agora preocupam parlamentares e empresários. Um exemplo disso é o setor agrícola nacional que, segundo a Folha, já demonstrou temor de que as polêmicas causadas pelo presidente cause boicotes aos produtos nacionais e atrapalhe no mercado externo.

Parlamentares comentam sobre reformas

Ainda segundo a Folha, alguns parlamentares comentaram a respeito das reformas. No setor econômico, a agenda obteve dinâmica própria.

"O problema da Previdência é que não tem outro caminho. Isso é consensual. A reforma tributária somos nós que estamos protagonizando, não tem porque fazermos obstrução a nós mesmos", declarou o senador Major Olímpio, líder do PSL, partido do presidente.

De acordo com a presidente da CCJ do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), o andamento da aprovação da reforma está blindada e pode continuar assim se não perder o foco.

Para Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o ritmo da votação das pautas econômicas não será afetado pela crise.

Entretanto, segundo a Folha, a oposição está trabalhando para encaminhar a questão dos incêndios na Amazônia ao Congresso. Com isso, o Congresso se encontra em um momento onde terá que priorizar um tema envolvendo o clima e outro envolvendo a economia, assuntos esses que têm sido mais criticados pela oposição ao governo, já que o atual presidente sempre deixou claro suas opiniões em relação aos temas.