Na manhã desta quinta-feira (10), Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá deixaram a Penitenciária Feminina de Tremembé, beneficiadas pela saída temporária de Dia das Crianças. As três detentas ficaram nacionalmente conhecidas após serem condenadas por crimes de grande repercussão nacional.

Suzane foi condenada a quase 39 anos de prisão por planejar a morte dos próprios pais. Jatobá recebeu a pena de 26 anos de prisão pela morte da enteada Isabela Nardoni. Elize Matsunaga, condenada por assassinar e esquartejar o corpo do marido, deixará a prisão pela primeira vez desde que passou para o regime semiaberto.

As detentas precisarão voltar ao presídio na próxima semana. Elize seguirá para um vilarejo, no interior do Paraná.

Momento da saída

De acordo com a revista Época, ao deixar a prisão pela primeira vez, Elize mostrou calma frente aos fotógrafos que estavam no local. Matsunaga chegou a ser aplaudida por algumas pessoas que se encontravam fora do presídio, que se manifestaram proferindo palavras de incentivo. Já Suzane Richthofen saiu da prisão usando uma blusa de frio e se apressou a entrar em um veículo para evitar ser fotografada. Jatobá deixou a prisão com o rosto coberto por uma sacola plástica, sendo auxiliada por outra detenta. A condenada pelo assassinato da enteada seguirá para São Paulo para passar o feriado ao lado de seus dois filhos.

Richthofen seguirá para Angatuba (SP), onde mora seu noivo, Rogério Olberg.

Os presos que possuem progressão de pena e se encontram em regime semiaberto em Tremembé podem deixar a penitenciária por 35 dias por ano, fracionados em feriados de datas comemorativas. Somente ontem, cerca de 55 detentas deixaram a Penitenciária Feminina I de Tremembé.

Durante a "saidinha", as detentas não podem deixar os municípios de domicílio informados à Justiça.

Elize não poderá ver a filha

Segundo o portal G1, Eliza Matsunaga não poderá ver a filha, fruto de seu Relacionamento com Marcos Matsunaga, pelo fato de estar impedida de manter contato com a criança desde o ano de 2012, quando foi presa.

A guarda da menina de 8 anos se encontra com os avós paternos da criança, que movem duas ações contra Matsunaga, uma de destituição de poder familiar e outra de mudança de nome da criança. Elize foi condenada a quase 20 anos de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, porém, teve sua pena reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça para cerca de 16 anos. Ao deixar a penitenciária, Matsunaga se encontrou com sua advogada, Juliana Santoro. Elize poderia ter deixado a penitenciária no último Dia dos Pais, mas se recusou a sair em liberdade alegando medo e pouco contato com familiares.