A Polícia Civil encontrou durante suas investigações durante a operação Via Avaritia um caderno que aparentemente pertencia à esposa do ex-superintendente de operações e conservação da Agência Tocantinense de Obras (Ageto), Geraldo Pereira da Silva Filho.

No diário em questão, Rosivânia Ribeiro da Cunha Silva chegou a escrever em uma das páginas uma espécie de oração que continha uma confissão dela e de sua família.

Na declaração, ela assumia que ela e sua família tinham envolvimento com crimes. Na mensagem, ela assumia que a família era corrupta e que estariam querendo justificar os pecados que foram cometidos por eles.

A defesa do casal e da empresa Proplan foram procuradas pela TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, mas se negaram a dar uma declaração no momento.

Casal investigado

Atualmente, Rosivânia e seu marido estão sendo investigados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em um esquema que teria fraudado contratos feitos para algumas obras e reformas que acontecerem em Tocantins, no valor de R$ 29 milhões.

A polícia agora está trabalhando com a hipótese de que o ex-superintendente poderia ter ido contra a lei de licitações para poder conseguir subcontratar uma empresa, que estaria registrada no nome da filha do casal.

Outra hipótese que está sendo levantada pela polícia é a de que Rosivânia Ribeiro seria uma espécie de “operadora financeira” do suposto esquema criminoso.

Isso porque ela supostamente recebeu um dinheiro advindo de uma empresa que é usada como laranja para o esquema, e que está registrada em nome do motorista do marido, em sua própria conta.

Em um trecho da investigação, que agora corre a respeito do casal, continha a informação de que foram encontrados diversos diálogos no celular de Geraldo Pereira, nos quais comprovam que Rosivânia realizava a contabilidade da empresa Proplan Construtora, e também aproveitava para poder encaminhar os extratos bancários e de pagamentos que foram feitos usando a conta feita em nome da empresa.

Foram encontradas nos cadernos confissões, feitas supostamente por Rosivânia. Uma escrita de 12 de agosto de 2018 chamou a atenção. Nela, a mulher pedia perdão a Deus por não ter feito o que era esperado dela. "Somos corruptos e ladrões, e queremos justificar nossos pecados", diz o texto.

Em seguida, na mensagem, ela pedia perdão também por ter cometido o pecado da corrupção e também de tráfico de influência.

A mulher ainda pedia para que o Espírito Santo fizesse com que surgisse em seu coração o arrependimento pelos crimes cometidos.

Ao final da mensagem ela fazia menção ao seu esposo e por serem envolvidos com corrupção. Pouco antes que a prisão de Rosivânia acontecesse, ela havia feito um pedido a Deus nos cadernos para que o seu marido não passasse por nenhum escândalo e acabasse sendo envergonhado em público.