Nesta quinta-feira (6), foram divulgadas novas informações sobre o caso da família morta e carbonizada no ABC paulista. De acordo com os novos depoimentos, Anaflávia, filha do casal morto, e sua namorada Carina, pretendiam junto com outros quatro homens assaltar a casa da família, uma vez que sabiam da existência de 85 mil reais guardados na residência.

Na versão das duas mulheres, eles planejavam simular que Anaflávia e Carina também ficassem como reféns. Como não achavam o cofre, os homens ficaram exaltados e começaram a bater em Romuyuki, Flaviana e Juan.

Vendo que um dos homens agiu com violência contra Anaflávia, Carina decidiu intervir e por conta disso eles ficaram mais exaltados ainda e houve uma discussão. Foi quando os criminosos pronunciaram o nome das suspeitas na frente da família.

Elas contaram que após isso, os homens decidiram executar a família ainda dentro da casa e que Carina teria sido obrigada a dirigir o Jeep com os corpos das três vítimas até a estrada onde o veículo foi encontrado incendiado, em São Bernardo do Campo, a seis quilômetros do local onde a família morava.

Essa foi a terceira versão para o crime dada pelas duas mulheres que estão presas temporariamente desde o dia 29 de janeiro.

Após erem encontrados sangue tanto nas roupas de Anaflávia quanto na casa da família, foram solicitados exames para saber a quem ele pertence, porém tais exames ainda não ficaram prontos.

Versão do preso

A versão contada em depoimento por Juliano de Oliveira Ramos Júnior, de 22 anos, primo de Carina Ramos, que também está preso, diz que as duas mulheres concordaram em matar as vítimas após não ter sido encontrada a quantia em dinheiro que eles procuravam.

Ele diz que as duas participaram tanto do assalto quanto do assassinato e que foi Carina quem asfixiou sozinha o adolescente e o casal.

Sexto envolvido é identificado

Foi pedida nesta quinta-feira (6), a prisão de Jonathan Fagundes Ramos, acusado de participação no assassinato da família de Santo André. Ele é irmão de Juliano e primo de Carina, que estão presos. A Polícia ainda busca descobrir o seu paradeiro.

Além de Juliano, Anaflávia e Carina, também foram presos Guilherme Silva e Michael Anjos, mas ainda não foi divulgado o conteúdo de seus depoimentos.

Michel, no entanto, deverá ser posto em liberdade em breve, uma vez que as investigações não apontaram se envolvimento no crime.

Ainda nesta quarta-feira (5), a polícia apreendeu um dos veículos que pode ter sido usado no crime. Também foram analisadas câmeras de segurança de um posto de gasolina que mostra a chegada do grupo em dois carros. Lá, eles compraram o combustível que foi usado para queimar o Jeep com os corpos das vítimas dentro do porta-malas.