A pandemia do coronavírus mudou a rotina dos velórios e enterros de São Paulo, onde foi registrada a grande maioria das mortes no Brasil. Seguindo orientação do serviço funerário da prefeitura da capital, as empresas em orientado as famílias a fazer o sepultamento direto, ou seja, sem a realização de velório.

Se os familiares optarem pelo velório, será permitido o máximo de dez pessoas por vez dentro da sala e a cerimônia deve durar apenas uma hora e em caso de suspeita de COVID-19, ele deve ser feito em salas específicas e os caixões devem fechados e lacrados.

Os funcionários dos cemitérios também estão sendo orientados a usarem máscaras e luvas. Todo o material usado pelos familiares e os caixões passam por um processo de higienização. Os velórios noturnos em São Paulo estão suspensos por tempo indeterminado.

Outra mudança foi em relação à cremação dos corpos. Antes os parentes tinham a oportunidade de dar um último adeus. Agora o corpo segue diretamente para a cremação.

Mortes em São Paulo

Das 30 mortes confirmadas em São Paulo até a última segunda-feira, 28 vítimas tinham doenças preexistentes. A vítima mais jovem do coronavírus em São Paulo tinha 33 anos de idade, mas de acordo com o hospital, esse paciente já tinha doença pré-existente. A outra morte de pessoa com menos de 50 anos foi a de um manobrista, que morreu no dia 16 de março.

Ele havia se tratado de uma tuberculose.

Na Itália, país com o maior número de mortos, a situação chegou ao ponto dos velórios seres restringidos e os familiares não poderem se despedir de seus entes.

Falando na Itália, São Paulo não deve enfrentar o mesmo problema que o país europeu, que vem sofrendo com a falta de cemitérios.

O secretário das Subprefeituras de São Paulo, Alexandre Modonezi, disse que na capital são realizados em média 350 sepultamentos por dia e que após ser feito um planejamento essa capacidade foi dobrada. Uma das providências foi a retirada de corpos enterrados há mais de três anos. Os restos mortais foram colocados em gavetas.

Números desta terça

Dados atualizados nesta terça-feira (24), pelo Ministério da Saúde revelaram que subiu para 46 o número de mortos em todo o país, sendo 40 deles apenas no estado de São Paulo.

Outros seis são do Rio de Janeiro, três da capital e outros três em outras cidades.

Muralha da China reaberta

Nesta terça-feira (24), a China reabriu parte de sua grande Muralha após dois meses fechado. O trecho reaberto ao público foi o de Badaling, que é exatamente o setor mais popular. Por enquanto serão permitidas apenas 20 mil pessoas por dia.

A China foi o país onde surgiu o surto de coronavírus que se espalhou pelo resto do mundo e hoje é o segundo pais no mundo em número de mortos, atrás apenas da Itália.