Em meio à pandemia da covid-19, alguns apenados do Centro de Progressão de Pena (CPP) de Mongaguá, no litoral de São Paulo, relataram a falta de atenção recebida por parte dos agentes penitenciários, além da falta de higiene e vulnerabilidade a respeito da "sarna humana".
Em uma parte da carta dizia o seguinte: "por mais uma vez tentamos chegar até você aí do lado de fora destes muros e grades aonde nos encontramos presos, desinformados, sitiados, oprimidos e até mesmo esquecidos, para tentar informar-lhes e pedir socorro". De acordo com algumas informações, a carta foi entregue para o familiar de algum dos presos, que não teve a identidade revelada por motivos de segurança.
Sobre os respectivos problemas apresentados, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que as reclamações mencionadas não procedem. A penitenciária tem o histórico de fugas. No último dia 16 de março, cerca de 500 detentos conseguiram deixar o local. A respeito das fugas, nenhum representante do Centro de Progressão de Pena se posicionou sobre o assunto.
Até o fechamento dessa matéria, nenhuma informação adicional foi apresentada.
Soltura de detentos
Por conta da grande proliferação da covid-19, cerca de 1.500 detentos em São Paulo foram beneficiados com a soltura provisória, onde a maioria irá cumprir a pena domiciliar. Por determinação da Justiça, os detentos foram soltos pelo fato do ambiente que eles estavam era bastante propício para o contágio do vírus.
Muitos familiares ainda lutam para que a Justiça conceda a liberdade para uma outra parte dos detentos. Pelas redes sociais, muitos internautas se posicionaram contra a decisão da Justiça. Muitos informam que a soltura de alguns detentos de alta periculosidade poderá acarretar em novos crimes no país.
Por outro lado, muitos internautas apoiavam a soltura dos apenados pelo fato deles estarem propícios a ser contaminados com a covid-19, vírus esse que se alastra rapidamente e que já fez milhares de vítimas por todo o mundo.
Sergio Moro
Recentemente, o ministro Sergio Moro entrou em conflito com Judiciário pelo fato da soltura de alguns parlamentares presos pelo crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Moro foi contra a soltura do médium João de Deus, que teve a sua pena decretada após o mesmo ter envolvimento com crimes sexuais.