O pastor e líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, vem anunciando uma suposta cura para a Covid-19. De acordo com informações do portal UOL, líder religioso anunciou que uma semente poderia curar pessoas contaminadas pelo vírus. Na gravação exibida em seu canal de Televisão, o pastor fala sobre os supostos efeitos da semente e pede a oferta de R$ 1 mil por ela, alegando tratar-se de um propósito. Durante as imagens, Valdemiro Santiago ainda apresenta o que seriam exames que comprovariam a cura de um fiel que teria utilizado a semente.

Segundo o site UOL, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) garante que até o momento não há medicamento aprovado para o tratamento da Covid-19.

Pastor Valdemiro rebate críticas

De acordo com o site da revista Isto É, o pastor Valdemiro Santiago rebateu críticas recebidas após o anúncio da semente que supostamente curaria a Covid-19. O religioso ainda anunciou o valor das sementes, que girariam em torno de R$ 500 e R$ 1 mil. Valdemiro ressaltou que cada um faria o "propósito" de acordo com suas condições financeiras. A equipe UOL procurou o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus para obter provas da eficácia da semente anunciada por ele, mas não teria conseguido contato com o religioso.

Cabe ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que ainda não há nenhuma cura ou vacina que proteja ou possa ser utilizada como remédio específico para a doença.

Segundo o site UOL, contrariando recomendação proposta pela OMS, no último dia 24 de abril, a Igreja Mundial do Poder de Deus anunciou a reabertura dos templos através de horários agendados pelos fiéis de maneira virtual.

Em um comunicado divulgado no site da igreja, encontram-se as recomendações que os fiéis devem seguir para frequentarem os cultos, bem como uso de máscara, utilização de álcool em gel e distanciamento de 1,5 m.

Anvisa nega medicamento aprovado para Covid-19

A equipe UOL consultou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que se manifestou.

"Tratamentos considerados eficazes pela Anvisa são aqueles que a Agência autoriza depois de avaliar os estudos e pesquisas realizados em torno do produto", disse o órgão, que enfatizou não haver medicamento aprovado para o tratamento da Covid-19 no Brasil. A Anvisa ressaltou, ainda, que alguns medicamentos estariam na fase de pesquisa, mas que não havia nada conclusivo até o momento. O órgão ainda fez um alerta sobre as possíveis sansões e afirmou que "o Código Penal traz em seu artigo 273 a previsão de penas para o ato de Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais".