Na manhã dessa quarta-feira (10), um sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro foi preso suspeito de ajudar a sumir com as armas usadas no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A prisão aconteceu no Rio de Janeiro, cidade onde também ocorreu o crime em questão.

De acordo com informações veiculadas pelo G1, o sargento em questão é Maxwell Simões Corrêa, de 44 anos. Ele é conhecido pelo apelido de Suel e foi preso em uma mansão localizada em um condomínio de luxo no bairro Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo o site citado, a casa em questão está avaliada em R$ 1,9 milhão e ainda na sua porta foi apreendido um carro BMW X6, cujo valor é estimado em cerca de R$ 170 mil.

Ainda segundo o site citado, é possível afirmar que o Ministério Público do Rio de Janeiro chegou a justificar a prisão de Suel pontuando que ele atrapalhou as investigações acerca do atentado contra Marielle “de maneira deliberada”. Também de acordo com os responsáveis pela prisão do sargento, ele é o braço direito de Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos no atentado.

O delegado Daniel Rosa, responsável pela investigação, afirmou que Maxwell e Ronnie "são pessoas extremamente ligadas, tanto na vida do crime quanto na vida social".

Ronnie Lessa está preso desde março de 2019, assim como Elcio de Queiroz, considerado suspeito de dirigir o carro que perseguiu Marielle Franco e Anderson Gomes.

MP afirma que Suel obstruiu investigações

Ao comentar sobre o papel do sargento do Corpo de Bombeiros no crime, o Ministério Público destacou que Suel teve o papel de realizar a obstrução da investigação, visto que ele teria cedido o veículo que guardou o arsenal de armas de Ronnie.

O armamento ficou armazenado no carro do sargento entre os dias 13 e 14 de março de 2019. Posteriormente, as armas de Ronnie Lessa foram descartadas no mar.

É possível afirmar que além do mandado de prisão emitido para Suel, a operação responsável por apreender o suspeito também conta com mandados de busca e apreensão para dez endereços diferentes que possuem ligação com o sargento do Corpo de Bombeiros.

Além disso, quatro endereços vinculados a suspeitos também serão investigados pelas autoridades competentes.

Por fim, se mostra válido destacar que essa ação foi realizada por policiais da Delegacia de Homicídios e também por promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além disso, o Serviço Reservado dos Bombeiros, a Corregedoria da Polícia Militar também tiveram participação.