A Polícia Civil investiga a morte de Valéria Muniz de Carvalho, de 52 anos, que estava desaparecida no Rio de Janeiro. Por causa de uma fatura no calcanhar, a doméstica estava internada no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, bairro localizado na zona norte da cidade, onde passaria por uma intervenção cirúrgica. Contudo, na segunda-feira (21) a família da paciente foi visitá-la na unidade médica e descobriu que a mesma já não se encontrava mais no local.

Segundo familiares, na sexta-feira (18) eles haviam recebido uma mensagem do hospital via WhatsApp, onde foi informado que Valéria passaria por alguns exames.

Depois disso, durante o final de semana eles não receberam mais nenhuma notícia sobre a doméstica, estranharam a falta de informação e decidiram ir pessoalmente à unidade hospitalar.

Corpo da doméstica é encontrado no IML

Após ter sido constatado o desaparecimento da paciente, parentes começaram a procurar e acabaram descobrindo que o corpo da familiar já se encontrava no Instituto Médico Legal (IML). O corpo de Valéria foi encontrado por policiais na rua Miguel Ângelo, em Cachambi, um bairro localizado a cerca de 2,5 km de distância do hospital onde a doméstica estava internada.

Hospital diz estar colaborando com as investigações

De acordo com informações divulgadas pelo portal UOL, a direção do Hospital Municipal Salgado Filho afirmou que segue colaborando com a investigação do caso.

Além disso, ainda segundo o hospital, Valéria Muniz deixou a unidade por volta das 5h do último sábado (19), pela saída de emergência. A direção ainda esclarece que câmeras de segurança flagraram o momento em que a paciente deixou a unidade, e afirma que as imagens já estão em poder da Justiça.

Namorado rebate versão dada pelo hospital

Milton de Souza, namorado de Valéria, rebateu o posicionamento dado pelo hospital de que a companheira tenha saído da unidade hospitalar sozinha. Ele conta ter ficado com a doméstica por todo dia de quinta-feira (17) e que no mesmo dia ela foi internada. Além disso, Souza ainda diz que não tinha como a paciente sair caminhando, como havia sido dito pelo hospital, tendo em vista que ela estava com o pé quebrado.

“Não tinha como”, disse.

Assim que soube do desaparecimento da namorada, Milton seguiu diretamente para delegacia, onde registrou um BO (boletim de ocorrência). Souza conta que depois disso, à noite eles foram informados de que o corpo de Valéria já “estava no IML desde sábado”. “Eu estou em estado de choque”, afirmou Milton citando “sentimento de perplexidade”. Milton diz ainda que a namorada era uma pessoa brincalhona e extrovertida, e conta que todos da vizinhança a conhecia.