Proprietária de um dos apartamentos do prédio de cinco andares que tombou no fim da noite desta última terça-feira (17), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a maquiadora Thais Casemiro Ribeiro, de 30 anos, lamentou muito o ocorrido e disse que o desastre estava jogando fora um sonho que ela levou a vida toda para conseguir realizar.

Thais e o marido pretendiam se mudar para uma das coberturas do prédio no mês de outubro, mas obra estava inacabada. O prazo original para serem entregues os apartamentos era o segundo semestre deste ano, ou seja ainda estava dentro do combinado.

Ao comentar sobre o incidente, em entrevista ao portal G1, ela disse com um tom de alívio que o fato do prédio tombar sem os moradores foi um livramento de algo pior, pois vidas estariam em risco.

Thais e o marido haviam planejado a compra do apartamento há pelo menos um ano e meio. Eles seguiram o conselho de uma amiga quando resolveram adquirir o imóvel. A maquiadora mora atualmente com o marido e os sogros. Este seria o primeiro imóvel do casal. "Meu sonho está destruído. Preciso ser ressarcida por isso", disse.

Técnicos da Defesa Civil foram averiguar a situação. Os engenheiros que avaliaram o prédio disseram que a construção precisará ser demolida. Foi informado pela Defesa Civil que o dono do prédio passou mal ao saber do incidente.

Obra seguia as normas e tinha licença

A Prefeitura de Betim se manifestou sobre o ocorrido e garantiu que a obra era regular. "A obra estava devidamente licenciada, possuía Alvará de Construção, Licença Ambiental e responsável técnico cadastrado nos órgãos responsáveis", disse a prefeitura em nota.

Foi informado também que houve uma reunião entre a Procuradoria-Geral do Município e a Construtora Abrahim Hamza Construções Eireli, responsável pela obra.

A prefeitura pediu para construtora colocar as famílias que ficaram desabrigadas, por conta do risco do prédio desabar, em outras casas até que tudo se resolva. Caso a ordem fosse descumprida, a Justiça poderia ser acionada contra a construtora. Outro pedido feito pela PGM é que os responsáveis pelo prédio façam a demolição da obra o mais rápido possível por conta do risco de desabamento.