O novo coronavírus não têm poupado nenhuma classe social, idade ou gênero, e feito milhares de vítimas fatais no mundo inteiro. Se em março as pessoas pensavam que somente os idosos ou pessoas do grupo de risco estavam correndo risco de vida com a doença, hoje em dia isso mudou diante dos inúmeros casos de mortes de crianças, adolescentes e pessoas na meia idade.

Rapaz morre de Covid em SP

Erick Ribeiro Benedito, de apenas 24 anos, é mais uma das vítimas fatais do Covid-19 em Peruíbe, litoral de São Paulo. O jovem faleceu no dia 15 de dezembro, após 28 dias internado em um hospital lutando contra o vírus.

Segundo Geizica Cristina Benedito, prima de Erick, em um momento em que o rapaz não conseguia respirar, ele segurou a mão de seu pai e pediu para que não deixasse ele morrer. Ela contou que o jovem começou a apresentar os primeiros sintomas da doença no início do mês de novembro.

Erick teria ido por diversas vezes em unidades de Saúde, mas sem conseguir um diagnóstico da doença. Ele sentia fortes dores nas costas, além de muito cansaço e falta de ar, mas somente foi internado no Hospital Emílio Ribas, em Guarujá, no dia 18 de novembro, após os sintomas piorarem.

Internação do jovem

De acordo com Geizica, durante todo o tempo em que a família esperava um diagnóstico, o rapaz esteve acompanhado pelo seu pai.

A jovem contou que a família desconfiava que o rapaz estivesse com Covid-19, pois quando chegou ao hospital, foi dito que ele estava com 90% do pulmão comprometido e só conseguia respirar com a máscara de oxigênio, o que deixava-o desesperado.

Mas segundo Geizica, o resultado de exame comprovando que ele havia sido infectado pelo vírus só saiu no dia 23 de novembro, dias após a internação.

Como não podia receber visitas, as informações sobre o estado de saúde de Erick eram repassadas para os familiares apenas através de telefonemas.

Ela conta que no dia 15 de dezembro, a família recebeu um telefonema dizendo que o jovem havia sofrido uma parada cardíaca e falecido, o que chocou a todos os familiares. Geizica conta que o primo, que trabalhava como motoboy, era obesa, o que é considerado um fator de risco, mas que não possuía nenhuma outra comorbidade ou doença pré-existente.

A moça contou que o primo tinha comprado seu primeiro carro recentemente e que era muito trabalhador, mesmo nesse período de pandemia, ele continuou se expondo como motoboy. Ela revelou que ele fazia entregas de pizza, tendo contato com muitas pessoas, e pode ser que tenha deixado de se cuidar em um desse momentos, mas que não dá para saber ao certo.

Tristeza da família do rapaz

Geizica disse que após começar a passar mal, o rapaz perdeu as forças e que isso é muito triste, visto que ele tinha a vida inteira pela frente. O fato dele ser muito novo chocou a família a sua morte e segundo a prima, Erick era uma pessoa calada, mas sempre alegre e cheio de amigos. Ele não costumava frequentar festas, mas se expunha por causa do trabalho.

Geizica concluiu dizendo que as pessoas imaginam que por serem novas o vírus não vai contaminá-las, mas que não é assim que acontece. Ela vê o caso do primo como um exemplo e que viu o pai do rapaz falar que jamais imaginou ter que passar por uma dor tão grande, como quando escreveu o nome do filho em uma campa e pediu que as pessoas se cuidem.