A pandemia do novo coronavírus continua a ser disseminada por todo o Brasil. Culpa disso advêm do presidente Bolsonaro, segundo Drauzio Varella. Atualmente, o índice de mortes por Covid-19 chegou a registrar um total de 222.666 mortes decorrentes da contaminação que se espalha pelo território brasileiro de forma alarmante.
Diante deste fato, o médico cancerologista e colunista, Drauzio Varella, fez uma análise da situação por meio do jornal Folha de S. Paulo, levantando questionamentos críticos quanto a postura do presidente, Jair Bolsonaro, frente às medidas protetivas e ao combate à doença.
Em sua análise, Drauzio Varella informou que a primeira impressão assim que o coronavírus chegou ao Brasil era de que a doença acometesse apenas idosos. No entanto, ela vitimou milhares de pessoas com faixa etária distintas, contrariando também outros especialistas que acreditaram que a morte se daria de forma semelhante à das gripes já existentes. Segundo Drauzio Varella, sua avaliação foi apressada e deveria ter sido mais analítica.
Covid-19 dissemina terror nas UTI’s da Itália
O terror da doença foi sentido com mais intensidade quando a Itália sofreu o mais sério colapso em suas UTI’s provocando o fechamento imediato dos demais países, além de fomentar a rigidez das medidas de segurança e combate ao coronavírus, originário de Wuhan, China.
Enquanto no Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez pouco caso das medidas de proteção alegando que "destruiriam a economia" e provocariam a morte de brasileiro pela fome de forma mais incisiva do que a própria Covid-19. Em um dado momento, o médico diz que chegou a se questionar sobre qual o verdadeiro motivo de o presidente incentivar a adoção de comportamentos que mais tinham a ver com a disseminação do vírus do que com a própria economia.
Drauzio Varella questiona comportamento de Bolsonaro
Na visão de Drauzio Varella, o real sentido de proteger a economia seria sentido caso o presidente incentivasse que os brasileiros apenas saíssem de casa para trabalhar, desde que com o uso de máscaras e que evitassem possíveis aglomerações, mas não foi isso que aconteceu e nem é o que acontecerá.
Recentemente o jornal O Globo divulgou uma matéria em que o presidente ressaltou que os brasileiros devem "sorrir e fazer piadas", além de continuarem a ir aos estágios de futebol ainda que em menor número. Na concepção de Bolsonaro o brasileiro tem que continuar a viver e aprender a conviver com a Covid-19.
Em relação às críticas, Bolsonaro falou aos seus apoiadores na frente do Palácio do Alvorada, em 15 de janeiro, que o termo "gripezinha" não foi usado por ele, mas pelo médico Drauzio Varella ainda no início da pandemia, informou a Revista Forum.
Presidente na saída do Alvorada. 15/01/2021. pic.twitter.com/lCriMVggk4
— Tenente Mosart Aragão (@AragaoMosart) January 15, 2021
Brasil está em segundo lugar no número de mortes por Covid-19
Para o médico, enquanto o Brasil gastava recursos na aquisição da medicação Cloroquina, tão defendida pelo presidente, o mundo já se mobilizava para adquirir as primeiras vacinas.
Naquele momento, Bolsonaro disseminava a ideia de que os efeitos colaterais da vacina poderiam ser “terríveis” e afirmava para todos que não seria vacinado, além de dizer que ninguém era obrigado a essa ação.
Ao se auto questionar se o presidente Bolsonaro é culpado pelos mais de 220 mil óbitos, Varella afirma que não, posto que a culpa é de muitos que contrariando as orientações continuaram a aglomerar sem máscara pelas festas e bares pelo país. Contudo, ressaltou que o cargo ao qual Bolsonaro pertence requer cautela nas palavras e nas ações, atitudes que não condizem com a personalidade do presidente e por este motivo o torna o grande responsável pela disseminação da pandemia que coloca o Brasil como o segundo país em maior número de mortes por Covid-19.