Um recente pesquisa realizada com bactérias acabou tornando a comunidade científica mais próxima do sonho de desenvolver um vacina que pode combater o estresse. De acordo com o que foi revelado pelos especialistas envolvidos nestes estudos, a espécie de bactéria utilizada para isso é a Mycobacterium vaccae. Este tipo de bactéria normalmente está presente no solo e também poderá ajudar a diminuir os níveis de estresse, segundo foi comprovado neste prévio estudo.

O início da pesquisa

O início desta pesquisa ocorreu em 2018, quando os pesquisadores injetaram um dose contendo a bactéria M.

vaccae em roedores. Foi injeto nos animais antes que eles fossem expostos a situações que poderiam gerar estresse para eles. Com isso, eles estariam diminuindo as chances de que os animais acabassem sofrendo algum tipo de estresse pós-traumático em um curto espaço de tempo ou até mesmo prolongado. Com este estudos sendo feito, eles começaram a construir uma nova hipótese. Este tipo de microorganismo pode abrir alguns tipos de compostos que ajustam a resposta de fuga ou de luta no sistema imunológico de mamíferos.

Após uma nova análise feita pelos pesquisadores, eles chegaram à conclusão de que uma determinada estrutura que foi encontrada no interior deste tipo de bactéria é que foi responsável por estes efeitos causados.

Eles também acabaram conseguindo sintetizar esta substância contida nas bactérias, e conseguiram fazer com que a forma que ela interage com o sistema imunológico também fosse desconstruída. Um dos autores da pesquisa, Christopher Lowry, afirmou que eles tinham consciência de que estava funcionando desta forma, mas que não faziam ideia ainda do motivo que fazia com que funcionasse.

Ele revelou também que o objetivo deste novo artigo é esclarecer isto para eles.

O que dizem os especialistas?

Os especialistas afirmam que o lipídio contido acaba se ligando em receptores das células do sistema imunológico, e, com isso, ele acaba bloqueando as substâncias que podem causas inflamações que são responsáveis pelo estresse.

Ao realizar uma espécie de pré-tratamento com o lipídio, eles tentaram estimular esta resposta inflamatória ao realizar o experimento, e acabaram descobrindo que estas células se tornaram resistentes a estes efeitos, ou seja, isso nada mais mostrou que eles estavam, de certa forma, vacinados contra estes efeitos do estresse.

É esperado pelos especialistas que dentro de cerca de 10 a 15 anos muitos dos tratamentos para outras questões psicológicas, e não só o estresse, serão baseados em microrganismos. E, com isso, pode sugerir que mesmo que outras pesquisas ainda precisem ser desenvolvidas a respeito, a vacina anti-stress pode acabar se tornando uma realidade em até 20 anos. Lowry afirmou que esta vacina é só o começo, visto que este tipo de bactéria é somente a primeira a ser estudado com este tipo de intuito, e que agora muitos outros estudos a respeito de outros microrganismos podem ser realizados para obter outros resultados satisfatórios como este.