Nesta quinta-feira (13), a China mudou o método de diagnóstico das vítimas do coronavírus Covid-19 e foi surpreendida com o aumento do número de casos, o que, segundo a OMS, não está relacionado com o agravamento da epidemia.

O drama numérico de mortes e infectados fez com que o Governo chinês trocasse a gestão da província de Hubei, epicentro da doença. A alteração no número divulgado pelas autoridades chinesas se deveu à maneira como estão sendo registrados agora os casos que se apresentam nos hospitais chineses.

Nas últimas 24 horas, foram confirmadas mais 254 mortes, elevando o total para 1.367.

Outros 15.152 indivíduos foram diagnosticados com a infecção, elevando o total de casos para 59.804.

Pressa para controlar surto

De acordo com a Comissão de Saúde de Hubei, casos diagnosticados clinicamente também serão incluídos a partir de agora na contagem oficial. Com isso, imagens do pulmão em casos suspeitos que serão consideradas suficientes no diagnóstico do coronavírus Covid-19. Antes, apenas testes de DNA estavam sendo utilizados. O motivo da mudança é para que o tratamento comece o mais rápido possível.

Diante da urgência em que o mundo vive para solucionar o problema de saúde, bem como evitar que tal surto prejudique ainda mais a economia mundial, o professor Kentaro Iwata, da Universidade de Kobe, no Japão, afirmou que é grande o dilema entre detectar precisamente e “vasculhar amplamente”, para que nenhum paciente fique de fora.

Contudo, o governo chinês e outros chefes de operações acreditam que a segunda opção é a melhor.

Os prejuízos do surto do coronavírus para o mundo

O surto não apenas provocou uma morte em massa, mas tem prejudicado a economia e as relações políticas dentro do país. Frente a maciça busca pela prevenção e tratamento do coronavírus, a China está passando por uma fase em que o estresse toma conta de todos.

O principal chefe do Partido Comunista Chinês em Huan, Jiang Chaoliang, foi demitido e substituído por Ying Yong, prefeito de Xangai, dentre outras demissões em resposta à irá da população. A Opinião pública acredita que as autoridades custaram tempo para reagir aos primeiros sinais do coronavírus.

De acordo com o joenal espanhol El Mundo, a China colocou uma quarentena gigantesca, contendo 56 milhões de pessoas, na província de Hubei e restringiu os movimentos dentre do país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) parabenizou a China pela sua transparência na gestão da crise, mas a população continua cética.