A possibilidade de alguns remédios serem eficazes no combate ao coronavírus está sendo pesquisada. Dentre eles está a cloroquina, um medicamento usado contra a malária há quase um século.

A medicação tem passado por testes que têm mostrado que sua eficácia bloqueia a infecção por vírus, pois modifica o pH das estruturas necessárias para o coronavírus entrar na célula. Além disso, os testes realizados mostraram que a cloroquina possui ação anti-inflamatória, que, de acordo com o professor Marcelo Burattini, especialista em Medicina Tropical da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em entrevista ao portal G1, diminui a resposta inflamatória que o corpo usa para destruir o vírus.

O Favipiravir é vendido no Japão com o nome de “Avigan” e utilizado há mais de cinco anos apenas pelos japoneses contra a influenza. Ele foi divulgado nessa quarta-feira e está sendo testado unicamente em laboratórios fora do país. A Anvisa deixou bem claro que não há nenhum envolvimento do Brasil em pesquisa sobre o produto.

O medicamento foi anunciado pelas autoridades chinesas como uma medicação eficiente de combate à doença, sem apresentar nenhum dano colateral. Depois de quatro dias de uso, as pessoas infectadas pelo vírus manifestaram um resultado positivo, e o micro-organismo não foi mais identificado.

Outras duas possibilidades de medicação

Outros medicamento também são o Lopinavir/Ritonavir, que foram de uso consistente no mercado, e muito usado pelo povo brasileiro nos anos 1980 e 1990 para tratar o HIV, mas caiu em desuso por surgir drogas mais eficazes para o tratamento com menos efeitos colaterais.

Estes estão sendo testados para o tratamento da covid-19, que, de acordo com especialistas e pesquisadores, os inibidores podem impedir que o vírus tenha sua cadeia quebrada e as proteínas reestruturadas em novos vírus, porém, têm potencial de causar efeitos adversos, pois interferem em funções celulares muito específicas, podendo causar toxicidade no fígado, muitas náuseas, vômitos e até intolerância gastrointestinal.

Também em estudo está o Remdesivir, o qual é liberado o uso pelo mundo, e está passando por testes clínicos para obterem resultados significativos de sua eficácia ao combate à Covid-19. De acordo com o professor Burattini, a medicação foi usada em uma grupo pequeno de infectados com o apoio das autoridades chinesas, que, mesmo obtendo bons resultados, eles ainda são muito prévios.

Por isso, o que está sendo pedido é que as pessoas não façam a automedicação, pois os medicamentos ainda estão sendo pesquisados e analisados clinicamente, para saber se há a possibilidade de seu uso haver efeitos colaterais em pessoas infectadas pelo coronavírus.