O Ministério de Defesa da China divulgou na última terça-feira (17) que o protótipo da vacina que combate o coronavírus está apto para a realização de testes em seres humanos. Importante lembrar que até o momento não existe nenhuma vacina para o novo coronavírus, ao contrário do que vem sendo divulgado de forma irresponsável por algumas pessoas.

A vacina chinesa está sendo desenvolvida por uma parceria entre a Academia Militar de Ciências Médicas da China e a CanSino Biologics, que é uma empresa chinesa dedicada à biotecnologia.

O responsável pelo projeto, o virologista Chen Wei, afirmou à mídia chinesa que vê a epidemia como uma situação de ordem militar, sendo possível comparar a zona atingida pelo coronavírus como um campo de batalha.

Mesmo assim, o virologista está esperançoso e afirmou que, apesar do vírus ser implacável, a equipe que desenvolve a vacina acredita em milagres.

Padrões internacionais e necessidade de voluntários

Segundo informou Wei, a vacina foi desenvolvida seguindo tanto padrões internacionais quanto normas locais e que a realização de testes em seres humanos servirá para avaliar a viabilidade de produzi-la em larga escala, de forma eficaz e segura. Neste momento, a equipe responsável pelo projeto está em busca de voluntários, para que seja dado início aos testes em seres humanos no mês de abril.

Prazo para comercialização

Wei, cuja equipe trabalha no projeto desde janeiro deste ano, explicou que, independentemente de ser confirmada a eficácia após os testes em seres humanos, o acesso da população mundial à vacina não será imediato.

Para ele, a comercialização e distribuição em larga escala exigirá ainda um prazo médio de 12 meses.

Outros países que pretendem criar vacinas contra o coronavírus

Outros países estão desenvolvendo estudos para criação de uma vacina contra o coronavírus, a exemplo da equipe australiana liderada pela professora Katherine Kedzierska, no Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade de Melbourne.

Além da Austrália e da China, os Estados Unidos também estão desenvolvendo uma vacina e anunciaram na última segunda-feira (16) que já iniciaram os testes em seres humanos em Seattle, no estado de Washington.

Nos Estado Unidos, o estudo para desenvolvimento da vacina é conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde, cuja sigla em inglês é NIH e conta com a parceria da Moderna Therapeutics, uma empresa americana de biotecnologia.

Mesmo assim, da mesma forma como foi anunciado pelos chineses, caso seja confirmada a eficácia da vacina norte-americana nestes testes, a vacina somente poderá ser comercializada e distribuída à população após 12 meses.

Apesar de diversos países desejarem de vencer a corrida no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus (covid-19), os meios de comunicação chineses têm divulgado que a vacina chinesa se mostra como que a tem a maior chance de ser bem sucedida para imunizar as pessoas contra o novo coronavírus entre todos os projetos ou estudos em andamento.