Uma notícia nada agradável veio à tona nesta terça-feira (14). Tudo ocorreu após os pesquisadores da Universidade de Harvard, localizada nos Estados Unidos, publicarem os resultados de uma pesquisa na revista Science. O estudo se trata da evolução da imunidade da população mundial contra o novo coronavírus, usando como espelho outros vírus que já circularam pela humanidade e se proliferaram ao redor do globo. De acordo com os pesquisadores, para que seja evitado que os sistemas de Saúde dos países entrem em colapso, talvez sejam necessárias medidas de isolamento social até o ano de 2022.

No entanto, tais projeções para o futuro ainda mostram fragilidade, pois as informações que obtemos nos dias de hoje a respeito da doença ainda são pequenas. Entretanto, aqueles que tiveram contaminação por vírus de grande semelhança, como o Sars, adquiriram a imunidade após um a dois anos. Devido aos fatos, pesquisadores apontam que o vírus poderá voltar com sua circulação a cada ano ou biênio, sendo mais rotineiro nas épocas mais frias do ano.

Devido aos fatos expostos, o estudo em questão afirma que o isolamento social será preciso para que o vírus possa ser cada vez mais isolado. De acordo com as pesquisas, os isolamentos sociais radicais por períodos curtos mostram ter consequências ruins, pois grande parte da população não conseguirá obter a imunidade necessária para a Covid-19.

Os profissionais afirmam que o ideal seria isolamentos longos, que possam durar o total de 20 semanas, para que, assim, os picos da doença sejam reduzidos.

O grupo ainda descreve que aquelas formas intermitentes de distanciamento social evitam que o atendimento de pacientes críticos possam ser excedidas. Continuando, os pesquisadores fazem alusão à história natural do vírus, lembrando que o pico de pacientes graves demora três semanas após o início do isolamento.

É exposto ainda que os distanciamentos sociais se mostram com menor frequência quando estão na estação do verão.

Os pesquisadores ressaltam ser necessário juntar mais informações sobre o novo coronavírus, obtendo maiores respostas sobre os medicamentos eficientes contra a doença para, quem sabe, poder aprovar uma vacina. Nas palavras dos profissionais, será possível saber qual o melhor “abre e fecha” apenas quando isso acontecer, visando a capacidade de cada sistema de saúde.

Casos no Brasil

O mundo, até o momento desta publicação, registra cerca de dois milhões de infectados. De acordo com o boletim divulgado na segunda-feira (13) pelo Ministério da Saúde, há 23.430 casos confirmados de pessoas infectadas no território brasileiro. No entanto, de acordo com projeções de pesquisas, este número pode ser até 15 vezes maior.