Foi informado através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que os leitos públicos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Porto Velho estão 100% ocupados no momento. A informação foi dada pelo secretário estadual de saúde, Fernando Máximo, durante uma coletiva de imprensa na manhã desta última terça-feira (2).
No entanto, até o momento não foi anunciado se existe a possibilidade de que ocorra um lockdown em Porto Velho. A pasta não anunciou a respeito da medida até o momento.
Na capital, já se tem no momento 3.678 casos de pessoas que foram infectadas pela Covid-19.
O total de mortes em Porto Velho chegou a 111, de acordo com o último boletim que foi divulgado pela Sesau.
Ainda na coletiva que foi feita pelo secretário de saúde Fernando Máximo, ele se mostrou preocupado com o momento no local, em relação à falta de leitos de UTI para os pacientes que estão infectados com Covid-19.
Ele declarou que os leitos haviam sido totalmente esgotados e que agora eles se encontravam à beira de um colapso na localidade. "Estamos à beira de um colapso, não só na rede pública, mas também na privada de Porto Velho", diz.
Máximo explicou que este colapso poderá acontecer não só na rede pública de saúde, como também na privada. No entanto, ele destacou que ainda se tem alguns poucos leitos no interior, mas que é necessário neste momento que as pessoas tenham uma maior conscientização a respeito da situação.
Escassez nos leitos e colapso
O secretário ainda falou a respeito dos pacientes que contraírem Covid-19 que precisarem de internação nos próximos dias. Segundo Máximo, ainda se tem Vagas no local, no entanto, estas vagas são para leitos clínicos.
No Centro de Medicina Tropical (Cemetron) 56,7% dos leitos clínicos estão ocupados no momento.
Além disso, no Samar a taxa de ocupação é de 68%, e no Hospital Santa Marcelina é de 90%.
A respeito da necessidade de que seja feita uma internação na UTI, o secretário justificou informando que a estratégia agora é que em caso de emergência seja ativada uma UTI, que já se encontra preparada no Hospital João Paulo II, para que sejam recebidos mais 10 pacientes com Covid-19, que estejam necessitando de uma internação por um estado mais grave da doença.
Outra possibilidade para eles agora é de que os leitos do Hospital do Amor, onde são tratados pacientes com câncer, possam ser usados.
O secretário explicou que o Hospital do Amor havia declarado que entre os dias 1º a 8 de junho estaria entregando mais 12 leitos para que fossem atendidos pacientes com o Covid-19.
A Maternidade Regina Pacis, que fica em Porto Velho, e que foi adquirida pela Sesau, também poderá ser usada como um Hospital de Campanha para o coronavírus, no entanto, o prédio no momento está sendo reformado de acordo com o que foi divulgado pela Sesau.