Uma prova de concurso com vagas para a cidade de Cubatão/SP gerou uma grande polêmica. Ao entregar a prova, todos que prestavam o concurso ficaram admirados com o erro ortográfico que existia justamente na capa do caderno de provas para vaga de professor. Na primeira página, onde está a informação referente ao cargo ao qual o profissional está concorrendo, havia um erro de português absurdo. A palavra deficiência foi digitada incorretamente formando uma nova palavra: "dificiência" (sic).

O responsável pelas provas deste concurso é o Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal).

Em nota, ele se defendeu das críticas sobre o erro de português afirmando que foi somente um erro de digitação. Já a prefeitura de Cubatão informou que não irá anular o concurso, pois o erro não causou nenhum dano às questões da prova. Entretanto, vai apurar o caso e verificar as providências cabíveis.

A prefeitura tem razão em não anular apenas por esse erro. Afinal, isso não interferiu em nada o pleno andamento do concurso. Todavia, ações devem ser tomadas tanto pelo município que contratou o Ibam quanto pelos setores internos do instituto. A polêmica ganhou repercussão para que haja punição dos culpados pelo erro.

Não sendo pessimista em pensar que o erro foi ortográfico, mas sim partindo da ideia de que o erro de português seja apenas um engano no momento de digitação.

O instituto não tem critério de revisão de prova antes que ela seja entregue para a realização do concurso? Ninguém, nenhum responsável, verificou a prova anteriormente? Caso tenha visto e não tenha dado a devida importância, entendendo como um simples erro, é importante que o Ibam entenda que a credibilidade dele foi abalada com isso.

Para Cubatão, toda a discussão a respeito do erro traz uma ideia negativa sobre o modo de realizar concurso para cargos na cidade. O entendimento é simples: o Ibam não soube avaliar o grau de um erro que gerou tanta polêmica, quem são os representantes da banca examinadora que irão verificar as respostas? Sendo contratados por este instituto, será que eles realmente estão preparados para exercer a função?

Quem contrata um serviço mal prestado tem culpa.

Por parte dos profissionais que tentaram o concurso, fica a indignação ao pensar se fosse ao contrário. Em uma prova de redação, em que a caligrafia de todos é diferente, a pessoa escrevesse "deficiéncia" (sic), um erro bem mais aceitável, o que aconteceria? Provavelmente, ela iria perder pontos. Além disso, quem comete erros de digitação e não corrige, tem disciplina para analisar detalhadamente as redações e respostas discursivas?