Um mito da era de ouro do cinema norte-americano. Marilyn Monroe cresceu em um mundo onde ela tinha tudo para não ser nada, mas acabou sendo tudo.

Norma Jeane Mortenson, nascida em Los Angeles, Califórnia. Teve uma infância e adolescência conturbada. Com uma beleza invejável, ela queria mais, e lutaria para chegar ao topo. A entrada da então desconhecida do público, começou em filmes pornográficos. Em 1944, Norma conhece o fotografo David Conover para quem começou a trabalhar como modelo publicitária. Nessa mesma época, deixa para trás o cabelo escuro e pinta de loiro platinado, era o início da carreira meteórica que viria logo mais.

Rápido chamou a atenção de produtores, e assinou um contrato com os estúdios da 20th Century Fox, atuando em pequenos papéis em diversos filmes até meados dos anos 50.

Em 1953, Monroe já cativava como sex symbol, considerada uma artista lucrativa para Hollywood. O filme Niagara abriu as portas para o estrelato. O sucesso veio com a comédia musical Os Homens Preferem as Loiras. O sucesso do filme foi um estrondo e ela conseguiu o que queria, ter todos os holofotes a seus pés. Os anos 50 foram como uma bomba-relógio para ela, aclamada pela crítica depois do sucesso de O Pecado Mora ao Lado, filme com a icônica cena de seu vestido branco sendo levantado por um respirador do metrô de Nova York. Atuou em clássicos como: Quanto Mais Quente Melhor, Nunca Fui Santa e O Príncipe e a Corista, filme contracenado com ator Laurence Olivier, e o primeiro filme de Monroe fora dos estúdios americanos.

Os anos 60 não estavam sendo nada fáceis. Sua vida pessoal e emocional estava um caos, a cobrança era enorme em cima de si. Monroe se sentia sozinha, deprimida e sem rumo, o vazio era preenchido pelo consumo abusivo de remédios para depressão. Ela percebeu que a fama e o sucesso eram construídos de aparências. Em seus últimos filmes, o cansaço era explicito em seus olhos.

Seu penúltimo filme, Os Desajustados, foi um fracasso comercial, apesar de boas críticas a sua atuação, junto aos atores Clark Gable e Montgomery Clift.

Marilyn gravava o filme Something's Got To Give em meados de 1962, em uma conflituosa relação de trabalho com o diretor George Cukor. Marilyn se sentia infeliz com as filmagens, o que a fez largar tudo e ir cantar na festa de aniversário de 45 anos do presidente John Kennedy.

Devido a isso, o filme foi cancelado. Marilyn se envolveu amorosamente com os Kennedy. Até hoje, a cena de Marilyn cantando Happy Birthday Mr. President é considerada uma das cenas históricas do século XX. Em poucas semanas antes de sua morte, tinha acabado de renovar seu contrato com a Fox e as filmagens de Somethig's Got To Give iriam retornar novamente.

Para a surpresa de todos, Marilyn é encontrada morta em seu quarto, no dia 5 de agosto de 1962. A causa da sua morte foi intoxicação por barbitúricos, a hipótese de overdose foi descartada pela equipe do Instituto Médico Legal, porém a alta dosagem encontrada em seu sangue fica evidente que tenha acontecido isso. As várias teorias da conspiração afirmam que Marilyn foi vítima de um assassinato por pessoas poderosas da política, devido seu envolvimento com a Família Kennedy.

A verdade é que não se sabe ao certo o que aconteceu por trás da vida de uma mulher que foi exposta até o último momento.

Norma Jean ou Marilyn Monroe? Duas personas que se convergiram. Uma mulher que queria ser amada e reconhecida pelo seu trabalho, mais poucos a valorizaram. Apesar de ser premiada e aclamada por uma boa parte da crítica, não sabemos até onde foi amada ou odiada. O que sabemos é que ela é considerada umas das maiores atrizes de todos os tempos, o seu legado está vivo e presente no cinema, na música e nas artes plásticas. Marilyn Monroe foi muito mais que um símbolo sexual, ela foi um divisor de águas no comportamento feminino, de uma personalidade inteligente e cheia de sabedoria, que foi perseguida e engolida pela fama até a morte.