O filme "Bohemian Rhapsody", que estreou mundialmente em novembro de 2018, virou a maior bilheteria dos últimos anos na Coreia do Sul, em fenômeno que está sendo chamado de "Queenmania" por lá. A obra conta a história do grupo inglês Queen, que nasceu no começo dos anos 1970 e teve seu auge nos anos 80.

A história acontece sob a perspectiva principal do vocalista do Queen, Freddy Mercury, que faleceu em 1991. Ele é considerado por revistas especializadas como o maior frontman do rock.

Na Coreia do Sul, com população de 51 milhões de habitantes, o filme chegou a 9,4 milhões de ingressos vendidos e a projeção indica que neste mês de janeiro supere os 10 milhões, o que faz com que 1/5 da população do país o tenha assistido, teoricamente.

K-Pop

A Coreia do Sul é famosa pelo fenômeno musical K-Pop (Korean Pop), com uma série de boys bands que fizeram enorme sucesso primeiro no país em fenômeno que se alastrou globalmente. Muitos artistas de K-Pop já passaram pelo Brasil, inclusive.

No caso do Queen, o fenômeno faz com que a bilheteria do filme seja a segunda colocada no ranking global, atrás apenas do mercado norte-americano. Os sul coreanos superaram os ingleses em presença aos cinemas, sendo que a Inglaterra é o país de produção do filme.

O quarto colocado no ranking de bilheteria de "Bohemian Rhapsody" é outro país asiático, o Japão. A película já alcançou o faturamento de US$ 56 milhões por lá.

Na passagem de ano o primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, foi ao Cinema assistir ao filme e o elogiou.

Karaokê

Jornais locais vêm tratando o filme como fenômeno e matérias que fazem sucesso são relativas a dicas para interpretar melhor Freddy Mercury em karaokês, por exemplo.

Na Coreia do Sul a mídia também corrobora do sucesso do filme. Um dos pontos altos da película é a reprodução do show que marcou a volta do Queen ao auge, a apresentação no Live Aid, no estádio de Wembley, em 1985.

Um canal de televisão coreano resgatou a transmissão e a passou em cadeia nacional.

O show do Queen no Live Aid foi considerado em enquete da revista Rolling Stone a maior e mais marcante apresentação de um conjunto de rock na história.

O filme é produzido por dois membros remanescentes do Queen, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor.

Já o baixista John Deacon, desde o final da primeira fase da banda, com a morte de Freddy Mercury, permanece recluso em Londres. O grupo continuou se apresentando durante as décadas seguintes com vocalistas convidados.