Na Idade Medieval, ser homossexual era um pecado grave, que superava a fornicação, a prostituição e o adultério.
Este tipo de moralismo, que infelizmente ainda rege muitos grupos e ideologias em nosso século, fazia com que aqueles que eram homossexuais escondessem sua orientação sexual para não sofrer punição: ser queimado(a) na fogueira, tal como era feito com as bruxas.
Para os reis, a situação era um pouco menos crítica, uma vez que, em tempos do absolutismo, quem teria coragem de acusar um rei de sodomia? Nenhum tribunal ousava condenar um rei por questões relativas à sua vida privada, muito embora fossem frequentes as fofocas e os comentários a respeito, segundo o historiador Miguel Cabañas Agrela.
Outro motivo pelo qual os reis não eram denunciados era porque, em uma sociedade de corte, era extremamente vantajoso criar vínculos com o alto escalão da sociedade, e isso obviamente incluía os reis. Ganhar o afeto de um rei era imprescindível para aqueles que desejavam ascender socialmente. Isso acabou favorecendo muitos jovens cortesões.
Os monarcas eram obrigados a casar e gerar descendência, e, por isso, quase todos mantinham relações também com mulheres. Na verdade, o conceito de homossexualidade só surgiu no século XIX, e, antes disso, os homens faziam sexo entre si, bem como as mulheres o faziam também, sem que isso representasse um sinal de identidade ou de subcultura.
Conheça abaixo 7 monarcas gays da História:
Cristina da Suécia (1626-1689)
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Cristina não era o tipo de mulher que escondia dos outros aquilo que ela realmente era. Usava roupas masculinas e nunca quis se casar, pois não queria estar sujeita a um homem.
Teve um relacionamento com uma cortesã chamada Ebba Sparre.
Luis XIII da França (1601-1643)
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Segundo historiadores, Luis XIII sempre passou a impressão de ser assexuado; era tímido e inseguro.
Em razão de sua falta de confiança, costumava buscar companhias de homens de personalidade mais forte, o que fez com que o Cardeal Richelieu lhe arranjasse diversas amizades masculinas, a fim de distraí-lo enquanto tomava a frente do governo francês. Uma vez que ele vivia sempre cercado de companhias masculinas, e não existem relatos de quaisquer caso com mulheres, alguns historiadores cogitam a possibilidade de que Luis XIII tenha sido, na verdade, homossexual.
Henrique III de Valois (1551-1589)
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Henrique III vivia cercado de jovens muito atraentes, dos quais ele parecia apreciar muito a companhia.
Na ocasião de seu casamento, fez questão de desenhar o vestido de sua noiva, além de penteá-la. Gostava muito do transformismo e sua corte era conhecida por ser extremamente refinada.
Frederico II da Prússia (1712-1786)
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Tudo o que Frederico Guilherme I queria para seu filho era que este se tornasse um líder viril. Frederico II, no entanto, acabou se tornando muito mais próximo dos soldados designados a ensiná-lo do que seu pai gostaria, e em tempos de paz, quase não era visto fora do Templo da Amizade, um palácio frequentado apenas por homens. Além disso, aboliu a pena de morte para crimes de sodomia, algo que soou, para a sociedade da época, como uma luta pessoal em favor dos direitos homossexuais.
Papa Júlio III (1487-1555)
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Segundo relatos, todos ao redor sabiam que o Papa Júlio III era homossexual. Em certa ocasião, nomeou cardeal um rapaz com quem teria um relacionamento, como forma de manter o crush perto de si no Vaticano.
Jaime I da Inglaterra (1566-1625)
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Enquanto alguns monarcas desta lista ainda geram certas dúvidas a respeito de sua sexualidade entre os historiadores, com Jaime I, isso não acontece; não há dúvidas de que o monarca tenha sido homossexual, já que foi visto inúmeras vezes aos beijos com outros homens, além de ter tido um romance com seu tio.
Guilherme III da Inglaterra (1650-1702)
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Desde sua adolescência, mantinha uma relação bastante íntima com o holandês Hans Bentinck. Porém, após 30 anos, Guilherme encantou-se pelo jovem Arnold van Keppel, e conta-se que a revolta de Bentinck foi tão grande que tornou-se óbvio para a maioria que ambos tinham um relacionamento.