Turia Pitt é protagonista de uma história emocionante, de muita luta física e mental. Com apenas 24 anos, Turia mudou-se para Kununurra, na Austrália, em companhia de seu namorado. Filha de um surfista e de uma escritora, Pitt forma-se em engenharia ecológica e minas, tinha o sonho de trabalhar na Rio Tinto, empresa considerada a maior em sua área de formação.

Ela não imaginava que sua vida mudaria totalmente em setembro de 2011 e, pior ainda, que sua vida poderia ter um fim. Na cidade onde morava, teve uma ultramaratona e Turia decidiu participar.

Ao correr da prova, um incêndio na floresta, com vento muito forte, fez com que ela e outros competidores fossem atingidos pelo fogo.

Na hora ela correu, tentando escapar, mas começou a sentir seu corpo queimar e não tinha mais para onde fugir. Teve 65% de seu corpo queimado, fez mais de 100 cirurgias e aí, então, sua luta pela vida começou.

Outros atletas tentaram apagar as chamas em suas roupas, cobriram-na com seus casacos, pois o sol estava muito quente naquele dia, e deram também água. O resgate chegou de helicóptero, mas a distância para chegar ao hospital era imensa. Com isso, 4 horas já havia passado.

Seu namorado Michael Hoskins nesse dia estava em outra cidade tratando de negócios, até que fora avisado sobre o terrível acidente com sua namorada.

Ele e os pais de Turia foram ao hospital quase sem esperanças. Ao a verem só enxergaram os olhos, que não foram queimados.

Como tempo, Turia inacreditavelmente foi se recuperando até ter alta do hospital. Desfigurada, com roupas especiais, quis fazer que seu namorado desistisse dela, por se achar feia, mas não teve êxito, porque ele a amava da forma que era.

Michael saiu do emprego e dedicou-se a cuidar da sua tão amada namorada. Ele a trocava, a alimentava, trocava curativos e, para Hoskins, o amor continuava igual.

O tempo passou, Turia se recuperou e decidiu voltar a treinar, colocou uma pedra no que aconteceu e passou a viver dali em diante. Devido suas graves queimaduras, não era possível regular a temperatura de seu corpo e equipamentos especiais foram adaptados, inclusive sua bicicleta, já que ela teve 4 dedos da mão direita amputados.

Passados seis anos do acidente, neste ano de 2017, Turia anunciou sua primeira gravidez ao namorado, que ficou sem acreditar com a maravilhosa notícia. Ela teve um misto de alegria e medo ao mesmo tempo, pois não sabia como o corpo dela reagiria. Porém, em consulta, a médica afirmou que tudo ocorreria normalmente, até mesmo o parto, pois os danos ao corpo foram externos.

Turia hoje trabalha com palestras motivacionais, encorajando pessoas que sofreram com algum tipo de acidente a superar-se.