Embora existam receitas às mais diversas para se conquistar o sucesso pessoal e profissional, visando neste contexto o crescimento também das organizações, ainda falta muito para o universo do empreendedorismo brasileiro atingir um estágio satisfatório nesta seara. Isto porque, mesmo diante da falta de capacitação, de habilidades e de conhecimento dos indivíduos, em diversos setores produtivos, a maioria das empresas e instituições ainda não despertou para o fato de que é preciso investir sempre na capacitação e motivação de seus empregados.

A maioria das empresas vale ressaltar, negligencia esta necessidade, e conspira contra si mesma, na medida em que não investe na capacitação e motivação de seus empregados, e esses, por sua vez, não se interessam em investir em suas próprias carreiras.

Ficam em estado de torpor, parados no tempo. Diante deste dilema, as empresas se acomodam e somente tomam iniciativas quando mergulham em momentos de crise, a fim de darem um tratamento de choque em seus empregados, buscando soluções para tentar encontrar uma saída para aquela situação desconfortante. Muitas vezes, no entanto, o remédio chega tardiamente, e a morte da organização é inevitável, como tem acontecido ao longo dos anos com pequenos, médios e até com grupos empresariais gigantescos, que fecharam suas portas.

Este é um mal crônico que assola todos os setores, quer seja no comércio varejista, por exemplo, ou na produção industrial, nas concessionárias de automóveis, nas imobiliárias, nas construtoras, nos hospitais, nos órgãos públicos e nos mais diversos segmentos do mundo produtivo do país, quer sejam voltados para a produção de bens de consumo ou para o setor de serviços.

Infelizmente, a cultura de investir na capacitação e na motivação de operários, empregados ou funcionários, ainda não foi definitivamente absorvida por esses setores no Brasil, mesmo que muitas empresas estejam procurando investir nos últimos anos, visando amenizar este problema, que afeta a produtividade, envolvendo uma vasta cadeia responsável pelo desenvolvimento do país.

Ainda é muito tímido o investimento neste setor.

Esta deficiência faz parte da cultura do brasileiro, presente com maior densidade nas regiões menos desenvolvidas, onde não existem metas, na maioria das vezes, visando à conquista de objetivos sólidos, quando o assunto é sucesso nos negócios ou nas carreiras profissionais.

O problema se reflete desde o mais simples atendimento a um cliente numa loja, num bar ou num restaurante, numa clínica, num hospital, num escritório de advocacia, ou numa imobiliária. Porque não basta o indivíduo ter um diploma de técnico em transação imobiliária, ele precisa de muito mais para oferecer o melhor atendimento possível ao cliente, conquistando não apenas uma venda trivial, mas, proporcionando satisfação ao mesmo - porque em todos os negócios existe o antes, o durante, e depois.

A Arte de Se Relacionar Com Sucesso é uma das mais importantes ferramentas para o sucesso nos negócios e na carreira profissional, e isto enfatizo utilizando minuciosos detalhes em nossas palestras motivacionais, treinamentos e workshops.

Esta, lamentavelmente é uma das mais terríveis inabilidades, por exemplo, na área da saúde, onde a maioria dos médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagens, atendentes, recepcionista e seguranças a desprezam, porque desprovidos de habilidade, consciência e cultura suficientes para exercer o hábito da amistosidade com as pessoas, principalmente aquelas que estão precisando de ajuda.

Imagine uma mulher fazendo tratamento contra um câncer de mama, depois de os cabelos terem caído, de ter extraído um dos seios, de ser acometida pela metástase, estando, pois, precisando de apoio, de compreensão, de cuidados os mais especiais possíveis, é negligenciada por um profissional de saúde. Muitas vezes este tipo de personagem é o próprio médico, que deveria dar um grande exemplo de profissionalismo, porque não basta ser um bom médico no contexto da especialidade, mas, sobretudo, ser um ser humano capaz de fazer da sua profissão, além de uma esperança de cura, para quem dele precisa, ser um esteio para quem nele deposita toda confiança, ou seja, a sua própria vida.

O trato com as pessoas nas relações de negócios é a mais salutar ferramenta para o desenvolvimento, e isto envolve todo um arcabouço de maneabilidades, porque todas as relações envolvem um negócio. A profissão é um negócio, diga-se de passagem, mais importante na vida de um indivíduo, porque, é por meio dela que ele sobrevive, sustenta sua família e goza os prazeres da vida. Como pode este profissional negligenciar sua principal fonte de riquezas, que o seu cliente? - no caso do médico, o paciente! Essas mazelas profissionais não acontecem apenas nos setores públicos, porque elas também são vistas aos borbotões nos labirintos privados.

Este fenômeno negativo se repete pelos mais diferentes segmentos da vida comum, e afeta os mais altos escalões de grandes organizações e de instituições públicas, quer seja numa simples sala de uma prefeitura de uma pequena cidade do interior, aos corredores dos palácios governamentais.

Isto me faz lembrar uma velha história que contava minha avó, quando dizia que, certa vez, um homem estava desesperado e foi ao armazém para comprar uma peça de corda para se enforcar. Mas, quando ele pediu a corda, o vendedor percebeu o seu semblante triste e disse-lhe:

- Engraçado, a corda tem muitas serventias. Muita gente pode pegar uma corda dessas, amarrar num árvore e se enforcar. Mas, tem gente que pode tirar proveito dela e ganhar dinheiro, podendo até ficar rico...

O homem desesperado escutou em silêncio e retrucou:

- Isto é impossível!

E o rapaz respondeu:

Impossível coisa nenhuma! Se você quer fazer um teste, pegue esta corda, vá para a mata, corte feixes pequenos de madeira e tente vender para as pessoas.

Comece vendendo pequenos feixes, logo você estará vendendo grandes rolos de madeira para a construção de casas, de armazéns etc.

O homem pegou o embrulho, foi para casa, pegou foice e facão, foi para a mata e, em pouco tempo se tornou o maior fornecedor de madeira da região.

Lembre-se sempre: o segredo está na capacitação e na motivação para produzir o melhor!