A facilidade de acesso ao ensino superior fez cair a qualidade dos profissionais, com a atual crise econômica aumentando o número de desempregados com diploma.

A Presidenta espantou a população ao indicar o PRONATEC para uma senhora formada em nível superior e que estava desempregada. A sinceridade da mandatária causou indignação nas redes sociais.

A verdade é que o ensino superior não é para todos. Não há Vagas para atender a demanda de novos diplomados. As instituições privadas estão cheias de alunos que não conseguiram êxito ou nem tentaram participar de processo seletivo para as universidades públicas.

Estes alunos, após formados, deverão participar de concursos públicos e provas de títulos. Não que as universidades públicas brasileiras esbanjem competência, mas pelo menos seus alunos já passaram pelo primeiro crivo, o ENEM.

Com o congestionamento de profissionais de nível superior, quem serão os trabalhadores responsáveis pelas atividades técnicas? Quem fará o nosso pão? Quem consertará nosso carro? Quem abrirá nossa cerveja no tão esperado "Happy Hour".

Todas as profissões são dignas e honestas. Fazer curso técnico não é questão de retrocesso, é questão de visão. Demoramos mais de dez anos para percebermos que não há espaço para todos.

O Brasil incentiva com o FIES e o PROUNI, mas de uma forma geral, o mercado não se preparou para receber esses novos profissionais.

Causa espanto o desespero pelos problemas com o FIES, ao passo que as universidades públicas estão cada vez mais vazias. Os cursos de Licenciaturas são os menos procurados, ninguém quer ser Professor quando pode ser Administrador, Advogado, Psicólogo ou qualquer outra profissão que a mensalidade possa comprar.

O dinheiro investido nas parcerias com as instituições privadas, deveria ser revertido para o ensino público de base e superior, visando o ingresso qualitativo no mercado de Trabalho e solidificar o ensino do país.

O melhor investimento para o país, sem dúvida, é o investimento na educação. Os frutos colhidos serão eternos e sustentáveis. Basta um olhar mais cuidadoso para a atual situação do país.