A OPEP representa cerca de 42% da produção mundial e tem 14 membros, entre os quais o Iraque, Arábia Saudita, Venezuela e Angola. Os representantes destes países estiveram reunidos na Argélia e há meses que a ideia de limitar a produção tem estado a ser considerada como forma de impulsionar os preços, mas a estratégia nunca tinha conseguido consenso entre os diferentes Estados.

O corte na produção é o primeiro do gênero desde 2008. O quanto cada país vai produzir deverá ser decidido na próxima reunião formal da OPEPem novembro, quando um convite para se unir aos cortes deverá ser estendido para países fora do grupo, como a Rússia, informa Reuters.

Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o cartel estava considerando cortar a produção para entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia em relação aos níveis de agosto, de 33,2 milhões de barris por dia. Enquanto isso, o Irã, Líbia e Nigéria estão tentando aumentar a produção, enquanto países como a Venezuela e Argélia não podem se dar ao luxo de perder receitas do petróleo causadas pelo corte. A Arábia Saudita, o maior produtor do grupo, tem produzido em níveis recordes nos últimos meses e era esperado para abrandar a produção no outono e inverno de qualquer maneira.

As economias do Irã e da Arábia Saudita dependem fortemente do petróleo, mas em um cenário pós-sanções, o Irã está sofrendo menos pressão dos preços do petróleo que caíram pela metade desde 2014 e pode expandir sua economia em quase 4 por cento neste ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

Riad, por outro lado, enfrenta o segundo ano de déficit no orçamento após um rombo recorde de 98 bilhões de dólares no ano passado, uma economia estagnada e está sendo forçada a cortar os salários de funcionários do governo. O índice Dow Jones subiu 0,61%, a 18.339 pontos, o S&P 500 avançou 0,53%, para 2.171 pontos e o Nasdaq Composite teve alta de 0,24%, para 5.318 pontos.

O recuo dos preços do petróleo gerou perdas acentuadas no lucro e prejuízos para empresas de energia dos EUA por vários trimestres. As empresas de energia do S&P 500 em média devem divulgar um recuo de 66% nos lucros do terceiro trimestre, de acordo com dados da Thomson Reuters.O movimento acontece no momento em que o Brasil começa a dar os primeiros passos para a retomada do crescimento econômico.