Receber salário sem precisar trabalhar certamente é o sonho de milhares de pessoas e isso já é realidade em alguns países do mundo e, inclusive, há um projeto também no Brasil. Cada país aplica o sistema com suas variações, mas, basicamente, o cidadão recebe uma quantia fixa em dinheiro todos os meses que é determinada pelo Estado, independente de ter ou não um emprego.

Esse sistema recebe o nome de Renda Básica Universal (RBU) e já foi discutido pelos governos de países, como Canadá, Estados Unidos, Finlândia, Holanda e Índia. A partir de março deste ano, o Canadá dará início ao seu programa, que vai ter o custo médio de US$ 18 milhões (R$ 58,6 milhões).

Nos Estados Unidos, o Alasca já paga atualmente um valor fixo mensal a todos os habitantes, que varia a cada ano. Em 2016, o valor foi de US$ 1.022, o que equivale a R$ 3.320.

Na Europa, a Finlândia iniciará o programa este ano. Cada habitante irá receber 560 euros, o equivalante a R$ 1.918 mensais. Na Holanda, a renda básica será aplicada em 2017 como um projetopiloto com duração de dois anos e acontecerá apenas em algumas cidades. Os cidadãos receberão valores entre 900 euros (R$ 3.079) e 1,3 mil euros (R$ 4.447) por mês.

Na Índia, o sistema de Renda Básica Universal ainda não foi aplicado, mas está em estudo pelo Instituto Nacional de Finanças Públicas e Política após dados do Banco Mundial mostrarem que, devido à evolução da tecnologia e a automação de processos, cerca de 68% dos empregos poderiam ser cortados.

Renda Básica no Brasil

No Brasil, a Renda Básica de Cidadania é uma lei de autoria do ex-senador Eduardo Suplicy (PT/SP), que foi aprovada e sancionada em 2004 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, ela nunca foi regulamentada para que pudesse ser implementada.

O ex-senador Suplicy dedicou muitos anos de sua vida política a esse projeto, que tem como objetivo beneficiar todos os cidadãos que moram no Brasil há pelo menos cinco anos, o que também inclui os estrangeiros. O benefício seria um valor fixo mensal que seria suficiente para o cidadão suprir suas despesas com alimentação, saúde e educação.