Nesta quinta-feira (6), o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, informou que existe a possibilidade de extensão do auxilio emergencial mais uma vez. Segundo Funchal, o Governo visualiza uma decisão que dependerá de questões políticas e econômicas.

Em videoconferência promovida pelo site Jota, Bruno Funchal afirmou que até o fim de agosto haverá uma discussão sobre a prorrogação ou não do benefício e qual será a dimensão do mesmo.

O secretário do Tesouro ressaltou que tudo dependerá em grande escala do estado da economia, visto que a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) alcança todos os setores e impacta fortemente o sistema econômico.

Funchal afirmou que se a economia conseguir voltar às suas atividades da forma mais normal é possível fazer a renovação do auxílio, mas será preciso analisar bem a decisão.

Necessidade do auxílio emergencial tem diminuído, diz Funchal

Bruno Funchal levantou o debate de que a necessidade do brasileiro em receber o auxílio emergencial tem diminuído, conforme ocorre a reabertura do comércio, e relembrou que em março o impacto da pandemia praticamente parou o país e com isso foi necessário tomar medidas para assistir os brasileiros.

No presente momento, é necessário olhar o que esta acontecendo na economia do país e só então tomar decisões acertadas quanto à manutenção, redução, redimensionamento e realocação dos recursos, disse Funchal.

Paulo Guedes defende a concessão do auxílio em R$ 200

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado nos últimos dias que o Brasil não tem condições de manter o auxílio emergencial no valor de R$ 600 por muito mais tempo.

Contudo, Guedes tem ressalto que há a possibilidade de manter o auxílio emergencial de seis meses a um ano, desde que o valor seja reduzido a R$ 200 ou no máximo R$ 300.

A defesa desse valor se dá pela média destinada aos beneficiários do Bolsa Família,

Desde que o auxílio emergencial foi criado, o ministro Guedes defende que o programa destine apenas R$ 200 à população necessitada, mas a tese foi derrubada após várias pressões de parlamentares no Congresso, o que culminou na decisão de R$ 600.

Bolsonaro critica permanência do auxílio emergencial

No último domingo (2), o presidente Jair Bolsonaro criticou alguns parlamentares que querem tornar o auxílio emergencial perene e ressaltou que por mês o governo destina mais de 50 bilhões em auxílio e, se assim continuar, é provável que a economia do Brasil "arrebente".

Na quarta-feira (5), Bolsonaro tornou a falar que o auxílio emergencial não pode durar muito tempo e defendeu que a economia precisa funcionar com a reabertura do comércio nas esferas municipais e estaduais.

A princípio, o programa tinha a meta de durar por três meses (abril, maio e junho), mas devido o grau da pandemia e o permanente fechamento do comércio, além das pressões de parlamentares, o governo Bolsonaro precisou prorrogar por mais dois meses (julho e agosto).

Mas segundo os técnicos da Economia, o custo total, caso seja mantido o pagamento de R$ 600 até dezembro, é de R$ 450 bilhões.

Maia cobra do governo o projeto Renda Brasil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que aguarda o projeto Renda Brasil no Congresso para que seja avaliado, organizado para enfim avançar dentro da realidade fiscal do país.

O Renda Brasil ainda esta sendo desenhado pela equipe do Ministério da Economia. Para tanto, tem revisado os programas sociais para cortar despesas e ampliar o atual Bolsa Família, que segundo o governo Bolsonaro passará a ser chamado de Renda Brasil. Almeja-se que o programa chegue a atender cerca de 26 milhões de pessoas, onde 20 milhões já fazem parte do Bolsa Família e 6 milhões estão, por exemplo, no CadÚnico.