Vários clubes do Brasil têm o nome América, em diversos estados do país. No total, são mais de vinte, mas os dois mais conhecidos são o América Futebol Clube, de Minas Gerais e o América Football Club, do Rio de Janeiro, clube que já foi da elite do futebol, mas anda no ostracismo
O Football Clube, escrito com grafia inglesa mesmo, foi fundado em 18 de setembro de 1904. É considerado o segundo time dos vascaínos, tricolores, botafoguenses e flamenguistas. Mas, infelizmente o time rubro atualmente está quase esquecido, apesar de lutar bravamente para voltar à elite do futebol carioca. Seguem invictos e na liderança do Grupo B, da Taça Corcovado (2º turno da série B do Campeonato Carioca). É o time que atravessa o melhor momento do torneio, e o único a vencer seus três últimos confrontos na Taça Corcovado, se aproximando, a cada rodada, da classificação para a semifinal.
O América possui sete títulos no Campeonato Carioca, sendo o último em 1960. A última grande equipe foi a vencedora da Taça Guanabara de 1974, que contava com jogadores no nível da Seleção Brasileira - o América teve cinquenta e sete jogadores convocados até hoje - e o maior da história do clube: o zagueiro Alexandre Kamianecky, mais conhecido como Alex. Nascido em Hannover, Alemanha, naturalizado brasileiro, dotado de alta técnica e disciplina exemplar, era um jogador tido como referência. Jogou 673 vezes pelo América entre 1967 e 1979. Suas pegadas estão merecidamente imortalizadas na Calçada da Fama do Maracanã.
Diversos jogadores notáveis vestiram a camisa rubra, além de Alex, Edu (irmão de Zico), Almir Pernambuquinho, Leônidas da Selva (para diferenciar de Leônidas da Silva), Danilo Alvim, Djalma Dias, Bráulio, Heleno de Freitas, Ivo Wortmann, Tadeu Ricci, Orlando Lelé, Júnior Baiano, o tetracampeão Jorginho, Zagallo, Romário e Belfort Duarte. Esse último deu nome ao prêmio, instituído em 1945, que era ofertado ao jogador que passasse 10 anos sem ser expulso, com no mínimo 200 partidas no currículo. O prêmio consistia numa medalha de ouro e um diploma. A história desse prêmio é que, o então zagueiro João Evangelista Belfort Duarte cometera um pênalti não visto pelo juiz numa partida. O próprio informou a infração ao juiz, e pela lealdade do jogador, seu nome batizara o prêmio. Outra homenagem ao zagueiro fora o nome do estádio do Coritiba Football Club, hoje Estádio Major Antônio Couto Pereira desde 1977. O zagueiro Alex é detentor do Belfort Duarte.
Mas o Mecão continua na luta. Mantém sua bela sede social na Rua Campos Sales, na Tijuca, tem o seu estádio próprio, o Estádio Giulite Coutinho, localizado em Mesquita, Baixada Fluminense, o segundo maior de todo o Rio, com capacidade para 15 mil pessoas, e mantém também o sonho de voltar à série A do Carioca. Busca voltar aos velhos e bons tempos, como diz parte de seu lindo hino, composto por Lamartine Babo: