O estádio erguido pela construtora Odebrecht na zona leste da capital paulista teve um custo inicial de R$ 985 milhões, valor questionado pelo time de parque São Jorge. Porém, um acordo para resolver esse imbróglio, está próximo de ser fechado: O repasse de CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) são emitidos pela prefeitura de São Paulo) do clube para a empresa no valor de R$ 350 milhões, já que outros R$ 175 milhões já haviam sido repassados para a Odebrecht.

Cerca de 75% dos ganhos da bilheteria são destinados para pagar a dívida do estádio.

O resto é obtido através da venda dos camarotes, do Tour por dentro da arena, da academia de ginástica e do aluguel das lojas na praça de alimentação. A diretoria ainda está com planos de fazer novas parcerias para gerar mais receitas e ajudar a quitar a dívida.

Ao ser finalizado, o estádio na zona leste paulista, o Corinthians contratou uma empresa de auditoria que concluiu que haviam obras que não foram realizadas e estavam sendo cobradas. Com o parecer dessa auditoria, está sendo realizado um abatimento da dívida do time de parque São Jorge, que será incluso no novo acordo.

Dívida ficará menor

De acordo com esse novo contrato (que está sendo conduzido pelo próprio presidente Andrés Sanches), a dívida do timão cairá de R$ 800 milhões para R$ 130 milhões, levando em consideração o empréstimo de R$ 300 milhões (incluindo juros) ao clube, o total repasse de CIDs, desconto das obras que não foram feitas e o timão não pagaria também, os juros que estavam sendo considerados abusivos.

Essa relação entre ambas as partes é intermediada por um fundo que administra a arena, onde o clube é sócio minoritário e a empresa é majoritária. A Caixa também tem participação no fundo.

Dívida com a Caixa

De um outro lado existe a dívida restante com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 390 milhões, onde já foram pagos R$ 170 milhões e o período para liquidar é de 12 anos, sendo que já se foram 4 anos.

De Março de 2016 a Setembro de 2017 foram pagos somente os juros. Isso porque o clube alegou dificuldades no fluxo financeiro e pediu a redução do valor mensal. O novo acordo ficou assim: entre os meses de março a outubro, o time vai pagar R$ 6 milhões mensais e entre novembro a fevereiro ela passa a pagar R$ 2,5 milhões. Isso porque nesse último período as receitas com estádio caem, devido aos poucos jogos.

Brincadeira de Bolsonaro

No último domingo (04), o Presidente da República, Jair Bolsonaro, disse antes do clássico entre Corinthians e Palmeiras, que se o alviverde perdesse o jogo, ele tomaria a arena. Mesmo que a construtora entrasse em recuperação judicial, a arena não poderia ser tirada do time.