Morreu na manhã deste sábado (16), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, o ex-piloto de Stock Car, Tuka Rocha, de 36 anos. Ele havia tido 80% do corpo queimado após um grave acidente aéreo ocorrido na tarde da última quinta-feira (14), em um resort localizado na cidade de Maraú, no sudoeste da Bahia.
Durante a madrugada desta sexta-feira (15), ele havia passado por uma bem sucedida cirurgia para a limpeza dos ferimentos e, de acordo com informações passadas por sua assessoria de imprensa, as queimaduras eram superficiais, o ajudaria em sua recuperação, e a preocupação passaria a ser com a questão respiratória do paciente, uma vez que ele havia inalado muita fumaça.
Uma nova informação passada ao portal Grande Prêmio pela assessoria de Tuka informou que ele havia passado por uma segunda cirurgia, desta vez para a limpeza das pernas e do tórax, mas que na ocasião a situação dele já era considerada complexa.
Tuka é a segunda vítima fatal do acidente aéreo que deixou outras oito pessoas feridas. Além dele, também morreu no acidente a jornalista Marcela Brandão Elias, que teve o corpo carbonizado. Seu marido e seu filho, de seis anos, também estavam na aeronave e seguem internados.
O bimotor modelo Cessna C550 havia decolado da cidade de Jundiaí, no interior de Paulo com dez pessoas a bordo por volta das 10 horas da manhã de quinta-feira e pegou fogo durante a aterrissagem em uma pista desativada de um resort, por volta das 14 horas, segundo a prefeitura local.
A Voe SP e a Força Aérea Brasileira informaram que nenhum problema com o avião foi reportado durante o voo. Não se sabe ainda o que teria causado o acidente.
A carreira na Stock Car
Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, ou Tuka Rocha, como era chamado no meio automobilístico, completaria 37 anos no próximo dia 13 de dezembro. Após passar por diversas categorias no Brasil e no exterior, como F3 Sul-Americana, WS Nissan, F3 Britânica, ele chegou à Stock Car em 2011, ficando nela até meados do ano passado, quando deixou a categoria após perder seu principal patrocinador.
Durante sua passagem pela principal categoria do Automobilismo brasileiro, ele correu por Vogel BMC, RZ e RCMA, conseguiu uma vitória e teve seu melhor resultado em termos de campeonato em 2013, quando fechou na 16ª colocação.
Logo em sua temporada de estreia, na etapa do Rio de Janeiro, disputada em julho daquele ano, seu carro começou a pegar fogo na segunda volta e para se salvar ele saltou do veículo em movimento e saiu rolando pela pista. Apesar do susto, ele não sofreu queimaduras.
Fora das pistas, ele administrava o kartódromo Speedland, localizado no bairro do Tatuapé, em São Paulo.