Depois de ter conquistado os últimos seis títulos de pilotos na Fórmula 1, a equipe Mercedes poderá se despedir da categoria já no final da temporada de 2020, voltando apenas a ser fornecedora de motores, como era na época em que tinha parceria com a McLaren. Uma reunião no próximo dia 12 de fevereiro decidirá o futuro da equipe prateada.

Sites especializados europeus indicaram também que o controle total do espolio da equipe passaria para as mãos de Toto Wolff, que por sua vez firmaria uma parceria com Lawrence Stroll, pai do piloto da Racing Point Lance Stroll e rebatizaria o time, que passaria a se chamar Aston Martin.

Atualmente o canadense é proprietário da Racing Point, ex-Force Índia.

Fatores que podem causar a saída da Mercedes

Alguns fatores estão sendo colocados na mesa que podem pesar na decisão da montadora alemã em se retirar da categoria como equipe. Um deles é a questão financeira.

Os executivos estão buscando uma reestruturação, com um enxugamento de pelo menos 1,5 bilhão de dólares, cerca de 6,3 bilhões de reais até o ano de 2022. Além disso, a fábrica busca caminhar na direção de motores elétricos enquanto a Fórmula 1 ainda segue com os motores híbridos. A montadora, inclusive, já tem uma equipe na Fórmula E, categoria voltada para carros movidos a eletricidade.

Há seis temporadas levando para casa tanto o título de pilotos – cinco com Lewis Hamilton e um com Nico Rosberg - como o de construtores, algo que nunca havia ocorrido na categoria, a equipe não teria nada a ganhar com o novo regulamento técnico da categoria que entrará em vigor a partir de 2021 e teria que começar o desenvolvimento de seus bólidos junto com as demais equipes.

E isso é outro fator que pode influenciar na decisão dos alemães.

A equipe vem sendo predominante na era dos motores híbridos e de recuperação de energia. Em 120 Grandes Prêmios disputados, os carros prateados venceram 89, o que resulta em um impressionante aproveitamento de 73%.

Os contratos de fornecimentos de motores para as equipes Racing Point e William foram renovados.

Além disso, os alemães voltaram a firmar uma parceria técnica com a equipe McLaren, sua antiga cliente.

Disputa pelos assentos

Os acordos de Hamilton e Valtteri Bottas com a equipe terminam ao final desta temporada. Caso o bilionário Stroll compre mesmo a equipe, um dos assentos ficará com o filho Lance, que atualmente corre na Racing Point.

A outra vaga ficaria em aberto, podendo ser de Hamilton, mas o piloto inglês está sendo especulado na Ferrari, possivelmente para correr no lugar do monegasco Charles Leclerc, cujo vínculo com a escuderia italiana termina ao fim desta temporada.