Nesta quinta-feira (26), por meio de videoconferência, 30 clubes do Futebol brasileiro se reuniram para definir as medidas que tomarão durante a quarentena e para depois que a bola começar a rolar.

Um dos principais pontos que foi acertado é que a partir da próxima quarta-feira (1º), os atletas receberão 20 dias de férias coletivas. No entanto, em 15 de abril será feita uma nova avaliação para definir se já há a possibilidade dos clubes voltarem às atividades. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) desejava que esse período de férias fosse de 30 dias.

A iniciativa visa abrir caminho para a utilização do mês de dezembro para repor os jogos atrasados por conta da quarentena.

Como não haverá acordos coletivos, cada diretoria estará livre para fazer negociações diretamente com seus jogadores. Isso significa que não haverá a redução nacional em 25% dos salários dos jogadores, algo que as agremiações haviam proposto inicialmente. Cada time vive uma realidade e nem todos estão com pagamentos atrasados.

“São 20 dias agora e reavaliação da situação no dia 15 de abril”, disse o secretário-geral da CBF, Walter Feldman. Com relação a questão dos salários, o dirigente disse que não houve nenhuma resposta definida e que cada clube vai definir com seus jogadores.

“Até porque são realidades muito diferentes”, disse.

Clubes querem manutenção dos pontos corridos

Outra questão discutida durante a videoconferência foi o pedido dos clubes das séries A e B em manter a fórmula de pontos corridos nas duas divisões do Campeonato Brasileiro. Feldman disse que está otimista quanto a essa questão e que o adiamento da Copa América e a liberação de algumas datas das duas datas das Eliminatórias para a Copa de 2022 podem ajudar.

com relação aos estaduais, que foram interrompidos na metade, o secretário-geral disse que o desejo é cumprir o calendário, ou seja, terminar as competições, mas não sabe como isso será feito.

Um dos receios dos dirigentes é que mudanças no regulamento dos campeonatos acarretem em quebras de contratos com emissoras de televisão e consequentemente perda de receitas.

Jogadores não querem receber menos

Apesar de concordarem com o período de férias, que ainda pode chegar a 30 dias, os jogadores não aceitaram a redução em seus salários e ainda querem um período de dez dias de licença remunerada entre as festas de final de ano. Os clubes, no entanto, insistem na redução de 25% dos vencimentos caso paralisação prossiga após 30 de abril.

Essa ainda é uma discussão que carece de acerto e só deverá ser retomada após a publicação de uma medida provisória que deverá ser editada pelo governo federal.