O rebaixamento do Cruzeiro para a série B do Campeonato Brasileiro em 2019 foi muito comentado na época. A situação do clube tornou-se notícia novamente após uma matéria ser publicada pelo site UOL Esporte divulgando dados que comprovam a contratação de um pai de santo para evitar que o clube fosse rebaixado. A matéria destaca ainda que o clube não completou o pagamento pelos serviços realizados pelo babalorixá.

O Cruzeiro contratou Reginaldo Muller Pádua para ajudar a evitar o temido rebaixamento para a Série B. O pai de santo cobrou R$ 10 mil pelos serviços, no entanto, o clube mineiro depositou apenas R$ 6 mil em três parcelas.

O homem de 58 anos alega não ter recebido os R$ 4 mil correspondentes aos serviços prestados.

O UOL comprovou que o pagamento das três parcelas foi feito entre 16 e 28 de novembro. A primeira de R$ 2,5 mil, a segunda de R$ 3 mil e a última parcela de R$ 500, todas feitas entre contas bancárias da Caixa Econômica Federal. Os pagamentos foram liberados por Benecy Queiroz, o chefe do departamento técnico do Cruzeiro.

Um documento divulgado também pelo portal de notícias foi assinado pelo dirigente e enviado ao departamento financeiro. Datado de 16 de outubro de 2019, no texto Benecy pedia que R$ 2.500 fossem transferidos para Reginaldo Muller Pádua devido aos serviços prestados pelo homem ao Cruzeiro Esporte de Brasília.

Indagado sobre os serviços, Queiroz disse que foram realizados por solicitação do ex-presidente do clube, Zezé Perrella. Este, por sua vez, negou qualquer relação com o caso.

Já o pai de santo disse que tudo foi acordado entre ele e Zezé Perrella, completou ainda dizendo que o valor de fato não foi pago integralmente e que o atual presidente da Raposa, Wagner Pires de Sá, não tem nenhuma relação com isso.

O mandatário chamou a situação de fake news e negou qualquer relação do clube com os serviços de Pádua.

O rebaixamento do Cruzeiro Esporte Clube em 2019

Em partida no Mineirão contra o Palmeiras, o Cruzeiro perdeu por 2 a 0 e foi rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em dezembro do ano passado. Logo após o rebaixamento ser decretado, os torcedores do Cruzeiro passaram a conviver com notícias revelando ações contra o clube, já que a raposa parece não estar cumprindo com os compromissos firmados em contratos.

De dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, eram dez processos trabalhistas envolvendo jogadores profissionais circulando nas varas de trabalho de Belo Horizonte.

O clube mineiro não vive um de seus melhores momentos e as medidas tomadas pelas direções anteriores não puderam impedir que isso acontecesse. Reginaldo Muller de Pádua, o suposto pai de santo contratado, disse não saber como as informações vazaram, mas confirma não ter recebido o restante do pagamento pelos serviços prestados ao clube.