Através do seu CEO, Fernando Simone, o Fluminense entrou em acordo com o Sporting Cristal, do Peru, para acabar com a dívida que tinha em relação ao pagamento pela aquisição do jovem atacante Fernando Pacheco. O acerto foi sacramentado na última quarta (15) por intermédio de uma troca de e-mails entre as duas diretorias.

Por ocasião da vinda de Pacheco, o Tricolor deveria pagar 700 mil dólares, cerca de R$ 2,8 milhões, em sete parcelas, mas acabou sequer quitando a primeira prestação. No novo acordo, o clube do Rio de Janeiro, com juros incluídos, depositará o mesmo valor em dez vezes.

A diretoria do Sporting Cristal evita dar maiores detalhes sobre o assunto, mas faz questão de ressaltar o bom relacionamento que tem com o Fluminense. Segundo Guillermo Montoro, dirigente do clube peruano, a agremiação verde branco e grená é "uma instituição muito séria e sólida". A equipe das Laranjeiras não se pronunciou.

Fernando Pacheco chegou ao Rio no início de 2020 depois de defender a seleção peruana no Pré-Olímpico da Colômbia, em janeiro, e estava em uma crescente e começando a cair nas graças das torcida do Fluminense antes da paralisação por conta da pandemia do Coronavírus. Ele tem oitos jogos com a camisa tricolor, marcando um gol, o último na vitória de 2 a 0 sobre o Vasco, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca.

"Acredito que tenho demonstrado nas partidas o porquê de estar aqui e motivo pelo qual o Fluminense escolheu me trazer. Continuarei fazendo isso, dando muita alegria ao clube e aos torcedores", disse o atacante em entrevista concedida ao portal Net Flu nesta quinta-feira.

Extensão de férias e ameaça de boicote a Carioca

O Fluminense anunciou, nesta quinta-feira (16), a extensão das férias do departamento de Futebol e a manutenção do fechamento da sede das Laranjeiras até o próximo dia 30 de abril.

A diretoria vem trabalhando com extrema cautela para proteger jogadores, comissão técnica, funcionários e associados contra o Coronavírus.

Outra medida anunciada pelo Tricolor é que, caso, realmente, o Campeonato Carioca seja reiniciado sem qualquer garantia oficial por parte dos órgãos responsáveis pela saúde ou da Confederação Brasileira de Futebol ou da FIFA, o time poderá não entrar em campo.

O Flu vem batendo de frente com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) na questão da volta do Estadual. A entidade deseja o reinício do torneio em maio e o Tricolor é o único dos participantes a se opor a essa ideia. Curiosamente, os médicos da agremiação verde, branco e grená não fazem parte da comissão criada para a elaboração de de um protocolo final de saúde, mesmo tendo contribuído com sugestões e assinado a versão final.