O novo técnico do Corinthians, Cuca, teve sua versão contestada pelo advogado da vítima de um caso de abuso ocorrido em 1987, quando Cuca ainda era jogador. Cuca havia afirmado ser inocente e que a vítima não o reconheceu como um dos abusadores. No entanto, o advogado suíço Willi Egloff, que acompanhou a vítima durante o processo, afirmou que a declaração de Cuca é falsa e que a garota o reconheceu como um dos abusadores. Além disso, o advogado também afirmou que uma análise conduzida pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna descobriu de vestígios de material genético de Cuca no corpo da jovem.

Cuca havia afirmado que se fosse no tempo de hoje, a palavra da vítima o absolveria, mas o advogado contestou essa afirmação ao declarar que a garota o reconheceu como envolvido no caso.

O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, havia defendido Cuca e afirmado que acredita na inocência do técnico. No entanto, as declarações do advogado da vítima colocam em dúvida a versão de Cuca e reacendem a polêmica em torno do caso. A contratação de Cuca como técnico do Corinthians levantou questionamentos sobre a ética e a responsabilidade do clube em relação a um treinador com uma condenação por envolvimento em um caso de abuso.

Suprema Corte se pronuncia sobre o caso

A Suprema Corte de Berna, na Suíça, se pronunciou sobre o "caso Cuca" pela primeira vez desde que o treinador foi anunciado pelo Corinthians, respaldando o jornal Der Bund como fonte oficial.

O órgão suíço afirmou que o sigilo de justiça do processo é de 110 anos e que duas matérias do jornal suíço, publicadas em 1989, podem ser usadas como fontes oficiais. Segundo o Der Bund, o relatório forense encontrou sêmen de Cuca na vítima, uma jovem de 13 anos que sofreu de transtornos mentais graves e tentou suicídio após o incidente.