A editora Clube de Autores lançou o livro “Copa do Brasil de 1992: o título nacional que foi tomado do Fluminense”, escrito por Renato Breves Giglio.
Em sua primeira obra sobre Futebol, o jornalista conta a bela campanha Tricolor naquele campeonato e seu desfecho, onde o árbitro José Aparecido de Oliveira marcou um pênalti inexistente a favor do Sport Club Internacional quase ao fim do jogo, tirando a chance do Fluminense de conquistar pela primeira vez o torneio, algo que só viria a acontecer mais de uma década depois, em 2007.
O jogo da polêmica
Em 1992 a Copa do Brasil estava apenas em sua quarta edição e no dia 13 de dezembro daquele ano, Internacional e Fluminense faziam no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, o segundo e decisivo confronto.
Na partida de ida, realizada três dias antes, no estádio das Laranjeiras, o Tricolor havia vencido os gaúchos por 2 a 1 e foi para o Rio Grande do Sul precisando apenas de um empate para sagrar-se campeão nacional após quase uma década. Seu último título fora do Rio de Janeiro havia sido o Campeonato Brasileiro de 1984.
O Fluminense ia segurando o empate sem gols até os 43 minutos do segundo tempo, quando saiu o lance que mudou a história da competição. O árbitro José Aparecido de Oliveira assinalou um pênalti inexistente em cima de Pinga.
Célio Silva converteu e a vitória por 1 a 0 deu o título aos donos da casa.
Pinga, o supersincero
Mais de dez anos depois do polêmico jogo, ex-jogador Pinga, pivô do lance capital, deu declarações ao jornal Lance! afirmando que simulou a falta e conseguiu enganar árbitro.
Em 2014, quase dez anos depois da declaração ao periódico, ele voltou a declarar que cavou o pênalti naquela decisão.
Dessa vez, em participação no quadro “Frente a Frente”, do "Globo Esporte", da TV Globo.
“Se tornou o primeiro e único caso até o momento na história do futebol brasileiro onde um jogador assumiu que realmente cavou o pênalti”, declarou Giglio, que disse ainda que isso foi o que o motivou a escrever a obra.
“Eu estava na faculdade de jornalismo e quando li a declaração do jogador Pinga decidi que um dia iria fazer um livro sobre o assunto”, contou.
Para ele, em casos assim, a entidade que organiza a competição deveria ao menos dividir o título.
José Aparecido, árbitro marcado por polêmicas
Outro nome envolvido com a polêmica final da Copa do Brasil de 1992 é o de Zé Aparecido, que participou de vários clássicos em SP e teve um problema com o ex-jogador Neto. O jogador do Corinthians cuspiu no rosto do árbitro após receber o cartão vermelho em uma partida contra o Palmeiras, em 1991.
José Aparecido de Oliveira faleceu no último dia 20 de julho, aos 72 anos. De acordo com a Gazeta Esportiva, o ex-árbitro teve um rompimento da artéria do coração.