O Corinthians anunciou na tarde desta quarta-feira (27) a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo. A saída do treinador ser deu um dia após o empate em 1 a 1 com o Fortaleza pelas semifinais da Copa Sul-Americana.

Essa foi a terceira –e mais curta– passagem do treinador pelo clube, tendo dirigido o tome em 38 partidas entre Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores da América, Copa Sul-Americana e Copa do Brasil. O saldo foi de 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas, tendo um aproveitamento de 48 por cento.

Sob seu comando, o time conseguiu chegar às seminais da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, além de ter ganhado um respiro na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

No entanto, o Futebol apresentado e as declarações do treinador vinham causando insatisfações.

Além de Luxemburgo, outros três profissionais que faziam parte de sua comissão também foram demitidos. Saíram o auxiliar Maurício Copertino, o preparador físico Daniel Félix e o coordenador de preparação física Antônio Mello.

Enquanto não encontra um substituto para Luxemburgo, o elenco será dirigido pelos auxiliares Fernando Lázaro e Mauro da Silva.

Entrevista polêmica

Um dos fatos mais emblemáticos foi a entrevista coletiva logo após a classificação nos pênaltis diante do Estudiantes. Ao responder ao questionamento de um jornalista sobre os riscos da estratégia usada contra os argentinos, ele afirmou que ela deu certo porque o time passou.

“Dá errado quando perde”, disse.

Além disso, ele afirmou ainda que na partida da semana anterior, quando o alvinegro foi eliminado da Copa do Brasil ao perder do São Paulo por 2 a 0, ele disse “que gostaria de ter saído perdendo o primeiro tempo por 1 a 0”. Isso foi alvo de mais críticas.

Tite no radar

O nome favorito pela diretoria do Corinthians para assumir o comando é o de Tite, mas há um problema.

O ex-treinador da seleção brasileira também interessa ao Flamengo, que ainda tenta se resolver com Sampaoli.

Tite se recusa a conversar com clubes que ainda tenham treinadores no cargo e a demissão repentina de Luxemburgo foi vista como um gesto da diretoria corintiana em adiantar as tratativas e atravessar o rubro-negro.