Três estados da Amazônia [VIDEO] –Rondônia, Amazonas e Acre– enfrentam uma seca severa, resultando em rios atingindo as menores marcas da história. Em Manaus, a situação é crítica, com a interdição da praia de Ponta Negra.

Impactos na educação ribeirinha

A situação de emergência devido à seca severa já afeta 60, dos 62 municípios do Amazonas, incluindo a capital Manaus. Às margens da área urbana de Manaus, o Rio Negro, sétimo maior do mundo em volume de água, atinge a cota de 15,14 metros, sendo considerado a maior seca dos últimos dez anos.

A Prefeitura de Manaus tomou a decisão de encerrar antecipadamente o ano letivo nas escolas ribeirinhas do Rio Negro.

O término das aulas, que estava programado para o próximo dia 17, foi antecipado para esta quarta-feira (4). A medida visa mitigar as dificuldades enfrentadas por professores e alunos devido à estimativa, que está prestes a alcançar um patamar histórico.

Desafios na região ribeirinha

O calendário escolar nas escolas do Rio Negro segue uma dinâmica específica, iniciando em janeiro e finalizando em outubro, alinhado às variações climáticas da região amazônica. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) assegura que o encerramento antecipado respeita a legislação educacional, garantindo os 200 dias letivos e 800 horas previstas.

O prefeito David Almeida enfatiza que cerca de 95% do calendário letivo já foi concluído nas escolas ribeirinhas, e os alunos migraram para o ensino remoto.

Além disso, a prefeitura enviará mantimentos nos próximos dias para apoiar as famílias afetadas.

Ampliação dos impactos

A estimativa severa não se restringe a Manaus. Em Rondônia, a usina hidrelétrica de Santo Antônio suspendeu temporariamente suas atividades devido à seca, impactando a geração de energia. O Rio Madeira, vital para a produção de energia na região, atingiu setembro a menor cota da série histórica.