Um dos países com melhores índices de desenvolvimento humano do planeta, a Finlândia está prestes a testar no próximo ano um sistema de renda universal para sua população, mediante uma prévia de perguntas para o cidadão finlandês, com o desemprego nacional na casa dos 20% a ideia do governo daquele país é centralizar todas os auxílios sociais provenientes do cofres públicos, fixando um valor pré-determinado e equivalente para todos os cidadãos independente de idade ou condição social.
O estado finlandês tem a expectativa de que com a medida de unificação de seus benefícios atribuídos pela administração pública, diminua também a quantidade de servidores dedicados à esse serviços, e por consequência agilizar o sistema com a contenção de gastos sociais no país.
Na opinião do economista Marc Basquiat, em entrevista concedida para o site de notícias europeu RFI, afirma que o valor adotado nesse novo sistema deve ser equilibrado, usando o bom senso, para não desmotivar as pessoas de saírem para trabalhar, nem tão pouco ser muito reduzido, pois seria insuficiente para a progressão de pessoas mais necessitadas, segundo Basquiat, geralmente o adulto normal quer interagir com seu meio social, portando o exercício de uma atividade complementa e servir bem à esse desejo intrínseco do ser humano.
Dados europeus indicam que alguns de seus países têm renda mínima acima de € 400 (R$ 1.768 na moeda brasileira), valor que o governo finlandês estuda adotar, podendo chegar até € 700 (R$ 3.095 na moeda brasileira), cerca de 80% da população finlandesa é favorável ao novo sistema, segundo pesquisas recentes.
Na visão de Nicole Teke, coordenadora do Movimento Francês por Renda de Base (MFRB), a intenção é dar mobilidade para as pessoas como em opções de Trabalho integral ou parcial, segundo Nicole está mais para uma questão de mudança de mentalidade do que de economia, completa.
A discussão tem tomado forma em toda a Europa por pessoas que vêem como positiva a possibilidade do trabalhador ter uma renda base mínima, favorecendo assim para que trabalhem em atividades que realmente se identificam, são um dos argumentos para a mudança de visão, voltada para as relações de valor do trabalho na atualidade.