O muçulmano naturalizado inglês, Mohammed Emwazi, mais conhecido como o jIhadista John, tornou-se famoso ao aparecer na mídia mundial decapitando dezenas de reféns ocidentais. Tornando-se um dos terroristas mais procurados pelas autoridades ocidentais. Em entrevista para o canal BBC, Abu Ayman, um ex-jihadista do EI, disse que John era um homem frio e calculista e muito solitário, pois ele não gostava de se relacionar com os demais jihadistas. Questionando seus companheiros, Ayman havia perguntado o que eles achavam de John? Muitos afirmaram que o ''amavam''.
Vida no Reino Unido
O menino, Mohammed Emwazi, aos seis anos migrou-se com sua família do Kuwait para o Reino Unido, em 1994. Aos 14 anos, estudou na escola, Quintin Kynaston Community Academy em St John's Wood. Em entrevista para o canal BBC, Joe Susther, sua ex-professora, afirmou que ele era um garoto muito tímido. A professora conta ainda que de vez em quando percebia-se que ele irritava-se muito facilmente por qualquer motivo e demorava muito para se acalmar.
Então realizou-se um trabalho psicológico em cima dele, para tentar ajudá-lo a conseguir controlar seus impulsos. No início pareceu funcionar e ele respeitava muito o trabalho. Segundo ela, após o tratamento percebeu-se que ''Emwazi'', era um aluno mais esforçado e dedicado.
Contudo, foi para a universidade dos seus sonhos.
Após formar-se em Técnico de Informática na Universidade de Westminster em 2009, no mesmo ano, Emwazia chamou a atenção do serviço secreto. Naquela época, o MI5 estava monitorando suspeitos ligados ao grupo Al-Shabab da Somália, principal aliado da Al-Qaeda.
Usando o nome falso de Muhammad Ibn Muazzam, ele havia embarcado para Tanzânia em companhia de outro britânico denominado como, "Abu Talib".
Ao voltarem para Londres, a dupla foi abordada e interrogada pelas autoridades .Em entrevista para o canal BBC, um policial do aeroporto, afirmou que na época, Emwazi foi briguento ao ser abordado. Segundo seu relato, o rapaz comportava-se ''como se estivesse alcoolizado''.
Viagem para o Kuwait
Em 2010, Emwazi voltou para o Kuwait para viver junto com o resto da família.
Segundo o relato de Asim Qureshi, funcionário do Cage, (organização que defende os muçulmanos), Emwazi havia conseguido um emprego na área de Tecnologia de Informação, onde passou cerca de três meses atuando na área como consultor. Em uma viagem de negócios ao Reino Unido, nunca mais retornou.
Segundo o Cage, ele havia sido capturado pelas autoridades inglesas, onde permaneceu cerca de seis horas trancafiado no aeroporto de Heathrow e impedido de voltar ao Kuwait. Em 2013, Emwazi estava desesperado para deixar o Reino Unido. Em uma de suas tentativas, ele havia tentado sair do país com um passaporte falso com o nome deMohammed Al-Ayan, mas a tentativa acabou sem sucesso.
Em agosto de 2013, seus pais foram até a Polícia prestar queixa do desaparecimento de Emwazi.
Cerca de três meses depois a polícia havia informado a família de que Emwazi estava na Síria. Sem saber exatamente como Emwazi conseguiu chegar a Síria, em 2013 ele foi visto em Idlib, vigiando reféns ocidentais.
Cerca de um ano depois, em agosto de 2014, ele aparece em um vídeo degolando o jornalista americano James Foley. Em, novembro de 2014 o jihadista aparece em um novo vídeo, desta vez degola um oficial do Exército Sírio. Sua última aparição, foi em janeiro de 2015, onde ele degola um refém japonês. Após sua identidade ser revelada em fevereiro desse ano, ele passou a maior parte do tempo escondido cuidando-se para não deixar pistas sobre sua localização. Como afirma o especialista em segurança da BBC, Frank Gardner.
Mas com grande esforço, o GCHQ (Sede das comunicações do governo britânico) conseguiu interceptar e decifrar mensagens criptografadas, as quais levaram ao paradeiro do terrorista em Raqqa na Síria. Na última quinta-feira (13), o jihadista acabou sendo morto em um Ataque aéreo coordenado pelos Estados Unidos.