De acordo com informações do site Mirror, William Friedkin, diretor do filme "O Exorcista" – longa-metragem lançado em 1973 – registrou em vídeo um caso real de possessão demoníaca ocorrido na Itália, e o material está sendo divulgado na forma de um documentário.

A metragem se tornou possível porque um padre chamado Gabriele Amorth, licenciado pelo Vaticano para conduzir o assustador ritual de expulsão de espíritos malignos, permitiu que Friedkin fizesse a gravação de sessões de exorcismo que ele estava realizando em favor de uma mulher. No entanto, o sacerdote, que faleceu em setembro de 2016 – pouco tempo depois que o documentário foi confeccionado –, impôs uma condição: o cineasta americano deveria fazer as tomadas de cena sozinho, sem ajuda de uma equipe.

Assim, surgiu a obra chamada "O Demônio e o Padre Amorth", que já foi exibida no Festival de Cinema de Veneza, e que estreia mundialmente nesta sexta-feira (20). Para Friedkin, Amorth permitiu que as filmagens fossem feitas porque o religioso queria que o público ficasse ciente da realidade de seu trabalho, e possuía o desejo de que o Vaticano "treinasse mais exorcistas".

Impressionando cientistas

Mesmo sendo a mente por trás de uma das produções cinematográficas mais assustadoras já criadas, William Friedkin nunca havia testemunhado um exorcismo real – apesar do fato de que o seu filme foi baseado em registros de um caso de possessão demoníaca ocorrido no ano de 1949 em Cottage City, Estado de Maryland, o qual foi sancionado pela Igreja Católica dos Estados Unidos naquela época.

Segundo o Mirror, depois de ter presenciado o ato ao vivo, o cineasta declarou no Festival de Veneza: "Eu nunca pensei que haveria algo autêntico no exorcismo, até que eu vi [o ritual]", e acrescentou que, para ele, passar por uma situação dessa natureza foi algo "aterrorizante". Acompanhe alguns trechos do documentário (contém cenas e áudio perturbadores):

Friedkin afirmou ainda que levou o material registrado na Itália para os EUA, de modo que cientistas renomados o analisassem.

De acordo com o relato do diretor de cinema, dois neurocirurgiões ficaram "impressionados" com o que viram, e um deles chegou a dizer que a voz da mulher possuída "parecia vir de algum outro lugar", e não da garganta dela.

Além disso, outros médicos especialistas em cirurgias no cérebro também foram consultados, e apesar de estes profissionais lidarem constantemente com distúrbios mentais, confessaram que nunca tinham visto nada parecido com os sintomas apresentados pela italiana exorcizada.